41 mortos em um acidente rodoviário nas proximidades do município de Tanguaí, São Paulo, envolvendo um caminhão e um ônibus de passageiros.
39 das vítimas eram da cidade de Itaí, também em São Paulo, segundo o prefeito da cidade. A maioria estava no ônibus e se dirigia ao município de Taquarituba (SP), onde trabalhavam em uma confecção. O pai de uma das vítimas, Camila Cristina Franco Vergueiro, de 28 anos, estava lá há cinco anos e reclamava das condições de transporte. Além dos vários quilômetros que percorria, ida e volta entre as duas cidades, tinha que lidar com o ônibus que volta e meia quebrava no meio da viagem.
Na verdade, a empresa que fazia o transporte Star Viagem e Turismo é clandestina, não tendo autorização das autoridades paulistas para funcionar. O ônibus acidentado acumulava multas e tinha IPVA atrasado. Segundo o carona do caminhão, um dos poucos sobreviventes, o ônibus vinha na contramão no momento do acidente.
Já o motorista do caminhão, Geison Gonçalves, 22 anos, que não teve a mesma sorte, não tinha habilitação para conduzir o seu veículo. Possuía apenas uma habilitação provisória para dirigir carro de passeio.
Segundo a empresa Stattus Jeans, empregadora das vítimas, os próprios funcionários faziam o aluguel do ônibus, sem vinculação com a empresa.
Maior acidente rodoviário no Estado de São Paulo, esse acontecimento infeliz está tendo boa cobertura dos meios de comunicação, mas poucos lamentos nas redes sociais ou dos “formadores de opinião”.