Perceberam que esta pressão para os confinamentos nos estados iniciaram em 26/02, logo depois do Bolsonaro indicar o General Silva e Luna para presidir a Petrobrás, em 19/02?
É porque os financistas sabem que a economia brasileira tem uma saúde capaz de se recuperar sem precisar doar mais nada dos setores estratégicos (energia) a preço de banana, mas a pressão dos abutres é fortíssima, e o governo se elegeu com apoio desses setores.
A queda de “apenas” 4% no PIB em 2020 surpreendeu muita gente, que esperavam de pelo menos 6% até, segundo previsões que eu vi, 15%. Assim, o confinamento irracional, com seleção dos “itens essenciais”, visa empurrar o PIB pra baixo, para forçar a venda de patrimônio público.
Desde o anúncio de Silva e Luna na Petrobrás, que assume dia 20/03, houve três aumentos no preço dos combustíveis, o que não condiz com a realidade, pois estão 50% acima da inflação, o que vem a reboque da investigação sobre o PPI (Preço em Paridade Internacional), um acinte.
O que tem relação também com o boicote da OCDE, que não traz vantagens ao Brasil, pois tornará as compras pelo governo brasileiro mais caras para atender empresas estrangeiras que tenham política ESG (Environment, Social and Governance).
Em síntese, o governo poderá contratar somente empresas que façam todas as concessões de cotas ao identitarismo e ao ambientalismo. Ou seja, as empresas brasileiras não conseguirão atender as exigências, especialmente as pequenas e médias, que irão inevitavelmente à falência.
Isto irá reduzir os gastos públicos? Não! Pelo contrário, iremos pagar mais caro pelos mesmos produtos vindos de empresas estrangeiras “politicamente corretas”, que no fundo são basicamente revendedoras de produtos fabricados na China, assim como boa parte das nossas.
Os maiores interessados nisso são os grandes varejistas que estão progressivamente engolindo todas as pequenas e médias empresas e as transformando em subsidiárias no comércio digital. Os maiores defensores disso tem sido a Magalu (Luiza Trajano, a “Kamala Harris Tabajara”) e Americanas (JP Lehmann).
Inclusive, a “Cámela Réris”, não por acaso, tem sido a grande entusiasta da privatização dos Correios. Ganha muito também o iFood, com a destruição da cadeia de serviços de bares e restaurantes, assim como a Uber lucrou com o fim dos serviço de táxi e dos empregos de qualidade.
Pelo que vi por aí também, a Cyrela é quem tem pressionado pelos “itens essenciais” terem incluído as lojas de materiais de construção, já que a construção civil foi um dos únicos setores que não parou e ainda cresceu em 2020, puxando o PIB pra cima.
Somemos a este caldo a pressão irracional dos “analistas” pelo aumento dos juros, que estão no índice mais baixos da história. Ou seja, eles querem tudo, sem deixar a mínima possibilidade de reação para a chamada “economia real”, que é aquela que põe a comida na mesa do povo.
Para arrematar, temos ainda a previsão de um novo ciclo das commodities a partir do fim do ano, que é o período das “vacas gordas” apontando no horizonte, e a chance de entrada de dinheiro para o Brasil se recuperar e poder finalmente, depois de 35 anos, reindustrializar.
Para isso acontecer e o dinheiro circular, é necessário administrar direito, manter os juros e o câmbio baixos, segurar o preço interno dos combustíveis e investir em crescimento interno, com emissão de títulos direcionados a fundo perdido.
Na minha visão, com a mentalidade econômica do Paulo Guedes será muito difícil, mas muitos abutres já foram solenemente expelidos da equipe econômica e talvez ele peça o boné até o fim do mês, mas de forma discreta, para pegar o seu avião direto para Miami.
PS: A devolução dos direitos políticos do Lula também tem relação com isso tudo, porque ele já administrou o país em um ciclo de commodities, com juros altos, políticas distributivas e muito identitarismo, com o Guido Mantega na Fazenda, do jeitinho que os fundos abutres gostam.
Inclusive, quem negociou os termos desse péssimo acordo com a OCDE que agora tentam nos enfiar goela abaixo foi o Celso Amorim, o ex-chanceler que há dez dias assinou uma carta clamando por uma intervenção internacional contra o Brasil.
Aliás, aquele pedido era esperado de conhecidos traidores do Brasil, como Boff, Lancelotti, Tiburi, Nicolelis, ou de pessoas desorientadas que não compreendem o que está realmente acontecendo [sem nomes], mas jamais de um ex-chanceler. Acho que nem o maluco do Ernesto assinaria.
Enfim, o jogo é duro, deixem a torcida, o Fla x Flu, e olhem para aquilo que realmente importa, sem diversionismo.
Defendamos o Brasil!
PS-1: Olha a analogia com o futebol aí de novo.
PS-2: O Maracanã é o Estádio Mario Filho; o Pelé é nosso eterno Rei.
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