Ao sancionar a lei do Orçamento de 2021, o presidente Jair Bolsonaro cortou as verbas destinadas à continuidade da execução dos empreendimentos habitacionais que haviam sido contratados na faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, substituído pelo Programa Casa Verde e Amarela.
Mais de 200 mil famílias ficarão distantes do acesso a uma moradia digna. Além disso, o Sindicato da Construção (SindusCon-SP) estima a perda, em todo o país, de mais de 400 mil empregos diretos e indiretos gerados pela paralisação das obras.
Estão ameaçados de paralisação 785 empreendimentos responsáveis pela produção de cerca de 215 mil unidades habitacionais. Destes empreendimentos, 126 localizam-se no Estado de São Paulo.
Os cortes no Orçamento atingiram também o Censo, que não poderá ser realizado este ano. Além dos prejuízos sociais e econômicos, a decisão extinguiu 204 mil empregos temporários que seriam criados pelo IBGE. Somadas, as duas tesouradas no Orçamento eliminarão 604 mil postos de trabalho.
Foram cortados 73% dos recursos destinados à habitação, que passaram de R$ 3,25 bilhões para R$ 870 milhões, em parte já comprometidos com emendas.
O FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), que subsidia a produção habitacional da iniciativa privada para esta faixa, teve eliminados 98% de sua dotação, que passou de R$ 1,54 bilhão para apenas R$ 27 milhões.
O FDS (Fundo de Desenvolvimento Social), que alimenta a produção de moradias por entidades, sofreu corte de 51%, caindo de R$ 720 milhões para R$ 350 milhões.
Com informações Monitor Digital