Por André Nunes.
Foi aprovado um projeto que anula os direitos do Jovem Aprendiz, criando uma modalidade de trabalho sem direito a férias, 13º salário e FGTS e outra sem carteira assinada (deram até um nome bonito: Regime Especial de Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva) e sem direitos trabalhistas e previdenciários; o trabalhador recebe uma bolsa de algo em torno de R$ 5,00 / hora, a carga horária de apenas quatro horas, ou seja, cerca de R$ 250,00 mensais.
Parece que a derrota do voto impresso foi mais uma vitória que uma derrota para Bolsonaro. A grande mídia, promotora de Paulo Guedes, conseguiu pautar mais uma vez o que é debatido na sociedade. O diversionismo é o que a etimologia da palavra sugere: uma arma para desviar a atenção do público de temas centrais.
As propostas governistas mais hediondas são aprovadas com facilidade no congresso. Propostas defendidas pela classe dominante brasileira e seus porta-vozes da mídia burguesa.
Por que a centralidade do trabalho deve ser sempre prioridade frente a qualquer pauta identitária? Simples, porque qualquer medida contra os direitos trabalhistas afetam todos os trabalhadores, as grandes massas assalariadas, independente de credo, cor ou orientação sexual.