7 thoughts on “Ter um projeto nacional

  1. A menor distância entre quaisquer dois pontos é uma reta. Então esse mapa é obviamente o que seria um plano macro. Claro que na realidade é preciso levar em conta o relevo, cidades, reservas ambientais e outros fatores. Seria mais como aqueles famosos mapas que os japoneses fazem usando fungos (rede neural).

    Sobre a integração regional. Acredito que seja possível fazer integração (ferroviária e rodoviária) até com o México. Sobre a América do Sul seria preciso o Brasil trabalhar com três eixos de integração. 1. Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia). 2. Brasil, Peru, Equador, Colômbia. 3. Brasil, Argentina e Chile. Obviamente o Paraguai e a Bolívia precisam ter conexões com os eixos 2 e 3. O Uruguai encaixa-se no eixo 3.

    Assim que tiver tempo gostaria de fazer observações sobre quase todos os pontos.

  2. Não gosto de ser do contra, mas vou começar falando sobre o principal problema para fazer qualquer coisa desse tipo no Brasil, os Municípios (mais de 5.000). Embora existam muitos governadores corruptos e incompetentes é nos municípios que tudo trava.

    Meu município não tem nenhum terreno público, o prefeito “privatizou tudo”, na verdade deu aos amigos dele e a prefeitura continua com as contas no vermelho. Meu município não tem praticamente nenhuma praça, não tem nada do que deveria ter e se quiser construir agora vai ter que desapropriar. [Infelizmente não é um exemplo fictício]

    O prefeito é tão bandido que criou falsos contenciosos com os municípios vizinhos só para tentar livrar-se das responsabilidades sobre determinadas localidades. A demarcação das fronteiras é recente, por isso não restam dúvidas sobre as fronteiras.

    Outro problema é a formação de favelas e cortiços (casas partidas em diversos pedaços, muito inferiores ao “lote mínimo”) por causa do valor alto do metro quadrado. Um bairro que deveriam morar só 2.000 pessoas vivem mais de 12.000. Na minha cidade os caras constroem prédios de três até cinco andares na beira de um rio. Outro dia desabou um de cinco andares na beira de uma lagoa.

    Nem sabia que ainda existiam engenheiros no Brasil, infelizmente o que mais vejo é coisa absurda sendo feita por pedreiros. Os brasileiros criaram uma nova moda de usar “canos no lugar de colunas”.

    Cemitérios e Lixões municipais são uma coisa bizarra, não obedecem nenhuma lei ambiental. Inclusive o cemitério é perto de uma lagoa e o lixão é perto do rio. Outra coisa bizarra da minha cidade são os açougues na beira do rio. O rio é um esgoto a céu aberto.

    Pessoalmente acredito que a maior parte do esgoto no Brasil é despejado “in natura” (sem tratamento algum). Fazer captação de agua na zona urbana é simplesmente impossível.

    A minha rua é apenas para “trânsito local”, mas aqui passam até caminhões transportando pedras ornamentais para exportação. [A autarquia municipal de trânsito praticamente só trabalha no centro do município]. Ironicamente nem é uma rua tão esburacada, já que é melhor tampar os buracos do que colocar asfalto de qualidade adequada.

    O Brasil exporta pedras ornamentais é não bens com valor agregado. O Brasil exporta Honey (simplesmente enfiam o mel num tambor azul com a palavra Honey) e não Mel, com valor agregado.

    Deveriam ter usado a maior parte da zona rural para fazer “expansão urbana”, mas não tem planejamento nenhum. A zona rural aqui é bizarra, simplesmente desmataram uma montanha para plantar coisas que nem são compatíveis com o clima. Na verdade acho que o terreno é que e ruim para agricultura, nem as lavouras de subsistência vão para a frente.

    As reservas ambientais municipais praticamente não existem, basta aparecer alguém interessado e o prefeito entrega para fazerem condomínios de luxo. [Em todos os municípios desse estado é assim].

    Os ricos adoram morar perto da natureza, mas odeiam os animais. Realmente as elites brasileiras são complexadas.

  3. Sobre os sociólogos da inclusão existem dois grupos.

    A turma do FHC que defende que “depois que a economia crescer” vai ser possível distribuir renda. Na verdade eles não querem distribuir renda, só não dizem isso abertamente.
    A turma do PT que defende “crescer distribuindo renda”.

    Sobre os desenvolvimentistas “coercitivo para o setor estatal e indicativo para o setor privado”. Seria aquele negócio de chamar os empresários brasileiros e perguntar se eles querem investir em determinado setor, recebendo incentivos, e se ninguém quiser o estado é que investe?

    A valorização trabalho é um problema. As elites brasileiras odeiam o povo, não querem um forte mercado consumidor interno, só querem exportar comodities. Nossa elites continuam com uma mentalidade escravocrata.

    Sobre valorizar as ciências naturais e a engenharia parece correto, mas tem uma pegadinha. As ciências humanas precisam fazer parte de qualquer projeto nacional. Pode ser uma participação importante, ou até pequena. O que eu quero dizer é que OS IDENTITÁRIOS PRECISAM SER EXPURGADOS. Os golpistas da laja jato eram todos da área de humanas.

    A função do pessoal das humanas seria justamente combater o COMPLEXO DE VIRALATAS. O Brasil gastou uma fortuna (bilhões) formando gente só para servir como mão de obra qualificada em outros países. Obviamente um certo nível de perdas é aceitável, sempre vai existir vira-latas. O problema é que o Brasil perdeu muita gente qualificada por causa da crise e do Golpe. Isso sem falar nos engenheiros que foram para Miami virar garçons, coisa que a revista Veja até noticiou como algo positivo.

    O Brasil também precisa de arqueólogos, antropólogos, sociólogos e etc… com boa formação, nem que seja em pequena quantidade. Esses que foram doutrinados pelos gringos ou trabalham para ONGs são inimigos do Brasil. Justamente eles é que tem que dizer como fazer a integração dos índios.

    O ciência sem fronteiras foi desperdício, ele foi feito para reduzir o complexo de vira-latas, mas só serviu para aumentar e contaminar os estudantes com o identitarismo das “grandes universidades estadunidenses”. O Brasil deveria ter trazido professores de fora e investido na pesquisa (todo o dinheiro da pesquisa foi para os identitários e o resultado é obvio).

    Ainda que seja preciso manter esses programa de bolsas no exterior seria preciso cortar os países que fazem cooptação. Não estou falando em fechar o país.

    As ONGs também fazem cooptação. O pessoal melhor eles levam para eles e o lixo eles doutrinam com identitarismo e deixam por aqui mesmo.

    Sobre a integração do território nacional, ela tem que ser feita, mas levando em conta os impactos ambientais. Sem as chuvas da Amazônia o Brasil vai virar um enorme deserto.

    O estrago que os golpistas da lava jato fizeram na indústria nacional foi enorme. Fabricar tranqueiras é fácil, levar a nossa indústria para o “próximo nível” vai ser complicado. O Brasil tem muitas maquiladoras e a nossa elite não gosta de “correr riscos investindo em produção”, preferem apostar na Bolsa.

    A USP deveria ser varrida do mapa, a maioria dos economistas de lá trabalham contra o Brasil. A elite paulista depois de perder duas vezes para o Vargas, em 1930 e 1932, criou aquela abominação para que manter a elite com uma mentalidade atrasada. Todos são viúvas da velha república que acabou em 1930.

  4. Para conseguir tirar o Brasil dessa situação é preciso PRIMEIRAMENTE combater o complexo de vira-latas, o que vai ser complicado e vai irritar muitos os gringos. Coisa praticamente impossível de fazer já que na direita só tem fascistas com complexo de vira-latas e na esquerda só tem identitários (também vira-latas).

    Sobre a valorização dos professores é realmente algo necessário. O problema é que no Brasil a mão de obra especializada não é respeitada. Todo mundo “é especialista em tudo”, por isso que 99% das construções são projetadas por pedreiros.

    Aqui no meu estado o concurso para professores é uma piada, não pela facilidade sim pela dificuldade. Exigem conhecimento em todas as matérias, sendo que deveriam exigir apenas na área de especialização. Aumentam a dificuldade para reprovar todo mundo e depois contratam como professores temporários, que ganham menos e não tem férias remuneradas (contrato de onze meses). A valorização dos professores precisa ser real.

    Outro problema é com o aparato repressor do estado. Os golpistas da lava jato (juízes, promotores, delegados e policiais) acham que “o deles está garantido”, só querem saber de ir para Miami todo ano. Eles não se importam com o futuro do país. O certo mesmo seria dar uma dura publicamente e ameaçar (com coragem para fazer) cortar os privilégios aristocráticos deles. Os caras da operação “carne fraca” deveriam ir desfilar na Sapucaí com uma melancia no pescoço, fazem de tudo para aparecer. Algumas pessoas fazem qualquer coisa para aparecer na Globo Golpista.

    Essa é a diferença entra a esquerda trotskista e a esquerda stalinista. Os trotskistas acham que bastaria trocar a PM do Rio por uma milicia trotskista que a questão da segurança pública estaria resolvida. As milicias de direita do Bozo não resolveram nada e não acredito que as de esquerda fariam muito diferente. A esquerda stalinista acredita que é só questão de fazer a PM do Rio cumprir a lei (não fazer grupo de extermínio, não matar cidadãos aleatórios para “mostrar serviço”). Esse negócio de “mostrar serviço” cometendo atrocidades é uma violência colonial, uma forma de opressão na verdade medieval.

  5. SEGUNDAMENTE o Brasil precisa de uma política de controle de natalidade, como fez a China. O problema é que a esquerda é contra, pois foi doutrinada pelos identitários (democratas) e defende a libertinagem. O problema é que a direita foi doutrinada pelos hereges protestantes estadunidenses e defende o “crescei e multiplicai-vos”.

    Os miseráveis tendo dezenas de filhos e os ricos 1(um) ou nenhum é uma conta que não fecha.

    Os gringos já falam abertamente em liquidar metade da população. “Eliminar os pobres para eliminar a pobreza”. Aquela coisa “idealizada pelo cinema” do jovem sair de casa aos 18 (dezoito) ou até antes e conseguir comprar a própria acabou, aquilo só funcionava quando a economia estava absurdamente aquecida. Nem sei se aquela realidade realmente existiu para a maioria da população deles algum dia, por isso nem se pode considerar como um “modelo de sociedade”. As grandes universidades estadunidenses sempre foram para poucos.

    Na Inglaterra por exemplo tem gente que até acumula patrimônio por causa da baixa natalidade. Não acredito em “meritocracia hereditária”. Não vejo “mérito” num sobrinho neto que uma pessoa nunca viu na vida herdar todo o patrimônio da família.

    Pensei em algo quando lia o texto sobre a Anitta e como encaixa no assunto vou comentar aqui.

    5 – A palavra “urbanização” tem diversos significados.

    Aqui no Brasil basta passar um asfalto, colocar agua, luz, esgoto e a favela está “urbanizada”. No caso da favela “urbanizada” desabar por causa das chuvas? Mais sorte na próxima encarnação.

    Um dos maiores problemas dos engenheiros no Brasil sempre foi fazer os prédios de qualquer maneira e ignorar o “estilo da cidade”, por isso a maioria das cidades são simples amontoados. Acho que arte também é importante e para “certas coisas” é preciso ser perfeccionista.

    6 – Sobre a inserção do Brasil no mundo. Acredito que o Brasil deve ser um dos protagonistas na luta contra as mudanças climáticas, inclusive compartilhando tecnologia com outros países (Cooperação Sul-Sul). As mudanças climáticas tendem a piorar a situação de “inchaço” das cidades e tendem a intensificar os fluxos migratórios (internos e externos). As mudanças climáticas contribuíram até com a Guerra Civil na Síria. No Brasil a Globo Golpista escondeu a seca em São Paulo por causa das eleições (2014), só falaram depois que o PSDB tinha ganhado a eleição.

  6. Mais alguns pontos levantados no texto sobre a Anitta que valem a pena aprofundar.

    A questão da “política de remoção de favelas”. Foi realmente demonizada no meio acadêmico. Agora a solução para tudo é “urbanizar” a favela. Sendo que muitas pelo alto risco de desabamento nem poderiam ser urbanizadas. Não sou contra fazer remoções, mas é preciso fazer de maneira planejada e sempre com finalidade humanitária. Levar o pessoal para um lugar melhor (sem risco de desabamento), por exemplo. Sempre levando em conta os interesses dos moradores.

    Muita gente na direita é desumana, querem “fazer com os pobres brasileiros o que os sionistas fazem com os palestinos”, simplesmente expulsar ou jogar para outra favela como fizeram no Brasil do século XX. Tem uma favela especifica no Rio de Janeiro – RJ que simplesmente entregaram o terreno para um empresário que queria o terreno e jogaram os moradores em outras favelas. A política de remoções foi demonizada com motivo, isso deve ser pontuado.

    Existem favelas onde a maioria da população é de bandidos? Sim existem. Nunca fui no Rio de Janeiro, mas ouvi falar de uma tal Nova Holanda onde é cheio de ladrões de carga. Na minha cidade tem uma favela “entre duas pistas importantes” que só mora a turma do semáforo (pedintes, assaltantes, traficantes, prostitutas, travestis e etc…). Mesmo nessa tem cidadãos, por isso que não se pode sair barbarizando.

    Um ponto importante e que realmente existe uma cultura da favela, mas isso não é motivo para não remover. Trata-se de uma cultura de nicho, uma subcultura. Existe cultura dos presídios, dos hooligans, dos punks, dos nazistas do batalhão Azov. Algumas são até importantes estudar em criminologia e vitimologia, outras só valem a pena estudar como curiosidade acadêmica. [Os identitários nem isso sabem fazer, eles só querem saber da “cultura travesti”]. Os russos malvados estão realmente destruindo a cultura dos nazistas do batalhão Azov.

    As elites brasileiras sempre acharam que só a elite produz cultura. O Paulo Freire quebrou esse paradigma e mostrou que o povo também produz cultura. A questão é que as elites e o povo produzem coisas boas e ruins. O problema é que os identitários deturparam Paulo Freire, para eles é mais fácil dizer que o funk é cultura do que oferecer cultura de verdade ao povo.

    Esse identitarismo que valoriza artificialmente o funk, o reggaeton e a música dos negros estadunidenses é um identitarismo de direita. Criado pelo partido democrata estadunidense. O PSDB também defende isso, “a favela é o melhor lugar dos mundo, ninguém precisa de política publica de habitação”. Esse papo de aumentar a autoestima dos favelados é só conversa. A Globo Golpista quer que todos os favelados sejam “empreendedores da favela” e pobres de direita.

    Os identitários moram nos bairros de classe alta então não são afetados pela sujeira que os funkeiros fazem. O trabalhador que passa a semana inteira trabalhando e não pode dormir no final de semana por causa do barulho não acha que o “funk é cultura”. [A esquerda caviar não liga para o povo].

    Sobre os índios, o ideal seria analisar a situação de cada tribo com uma equipe multidisciplinar para conseguir criar um protocolo de integração adequado para cada tribo. [Querer fazer de qualquer maneira só vai piorar a situação dos índios e do Brasil internacionalmente]. Existem tribos que já estão completamente aculturadas, mas cada caso é um caso. Existem tribos que vão precisar de um maior período de tutela e outras situações.

    Outro detalhe é que com um tratamento individualizado é possível descobrir peculiaridades genéticas em povos isolados. Muitas das ONGs na Amazônia além da biopirataria fazem “colonialismo genético”. [Ser cuidadoso com um assunto que pode servir como “justificativa de guerra” para a OTAN não é frescura]. Frescura é agir como o Bozo, achar que resolve tudo na canetada e depois quando a OTAN vier pra cima ficar só de bravata. Bravatas não vão resolver.

    Sobre as ONGs. O que os funcionários das ONGs querem é “tutelar” os índios eternamente, sendo pagos pelos donos das ONGs. O que os donos das ONGs querem é o grande problema, esse pessoal possui diversas agendas ocultas.

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