
Por KontraInfo.
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, informou nesta sexta-feira (dia 25) que os primeiros 2 mil membros de gangues foram transferidos para a recém inaugurada mega-prisão conhecida como Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), que tem capacidade para abrigar 40 mil prisioneiros e conta com 64 oficinas em diferentes áreas, como pintura, escrivaninhas, têxteis, entre outras. Mais de 600 soldados das Forças Armadas e 250 membros da Polícia Nacional Civil estarão a cargo da segurança da instalação. El Salvador está sob um regime de emergência, aprovado em março do ano passado e, segundo dados oficiais, mais de 64.000 pessoas foram detidas até o momento, as quais o governo afirma serem membros de quadrilhas.
“Esta será sua nova casa, onde viverão por décadas, misturados, incapazes de fazer mais mal à população”, escreveu Bukele em sua conta no Twitter.
Graças às reformas da segurança pública do Presidente Nayib Bukele, El Salvador registrou 496 homicídios em 2022, um dos valores mais baixos em décadas, e cerca de 57% menos do que os registrados em 2021. “2021 terminou com 1.147 homicídios e 2022 contabilizou 496 crimes”, disse o chefe do Ministério da Defesa, René Merino Monroy, em uma coletiva de imprensa. Quando Nayib Bukele tornou-se presidente em 2019, o país centroamericano registrou 2.390 homicídios, uma crise de segurança sem precedentes.
“Chegamos a 300 dias sem homicídios! Para contextualizar, o governo anterior não tinha um único dia sem homicídios, e o anterior só tinha um. Um dia sem homicídios em dez anos. Mas graças a Deus, agora vivemos em um país diferente”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
Antes de Bukele, El Salvador tinha bairros inteiros onde a polícia não se atrevia a entrar, pois estavam sob o controle das “maras” (gangues locais), que são financiadas pelo tráfico de drogas e pelo crime organizado. Bukele restaurou o Estado de Direito, eliminou os narcoestados e devolveu a segurança à população.
No final de março de 2022, o líder do (partido) Novas Ideias, conseguiu passar um regime de exceção no Poder Legislativo, que permite a militarização das ruas das grandes cidades, impõe toque de recolher quando necessário, intercepta telecomunicações e permite a “detenção administrativa”, que permite que qualquer pessoa seja detida por um período máximo de 15 dias, o que capacitou a Polícia Militar a prender centenas de “maras”, mesmo que não tivessem sido pegos cometendo um crime flagrante.
A Human Rights Watch, uma ONG americana financiada pelo magnata George Soros, tem constantemente criticado o modelo de Bukele e denunciado “graves violações dos direitos humanos cometidas durante o regime de emergência”, uma situação que não costuma denunciar em seu país de origem.