
Brasília (DF), 11.04.2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou, nesta terça-feira (11), para uma viagem de dois dias à China e uma visita aos Emirados Árabes Unidos, no próximo sábado (15). Nesta manhã, Lula transmitiu o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que o acompanhou até a Base Aérea de Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula embarcou hoje para a China levando uma grande comitiva, que inclui os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Juscelino Filho (Comunicações) e os governadores Jerônimo Rodrigues, da Bahia, Elmano de Freitas, do Ceará, Carlos Brandão, do Maranhão, Helder Barbalho, do Pará, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.
A visita ocorre depois de adiada a ida prevista em março, por motivos, alguns alegam, das pressões dos EUA para que a viagem de Lula não coincidisse com a Cúpula das Democracias, promovida por eles, da qual o Brasil também participou.
Na agenda diplomática, Lula deve participar, no dia 13, em Xangai, da posse da ex-presidente Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (banco de fomento dos BRICS) e se encontrará com empresários. Nesta noite, deve viajar para a capital Pequim.
Na capital, dia 14, Lula se encontrará com o presidente da Assembleia, Zhao Leji, com o primeiro-ministro Li Qiang, e só depois com o presidente da República Xi Jinping. Depois disso, Lula seguirá viagem para Abu Dhabi, nos Emirados, onde terá reuniões oficiais.
Na pauta, serão homologados os acordos para compensação entre contas em real e yuan de forma digital. Também serão firmados os acordos para a construção do satélite CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China.
A China aproveitará a oportunidade para convidar o Brasil a participar da iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road, em inglês), de integração física de infraestrutura. Para que o Brasil participe deste projeto é necessário que o país destrave a infraestrutura para ter acesso ao Pacífico por meio de rodovias, ferrovias e hidrovias, para integrar-se melhor ao continente asiático.
Em densidade econômica e de investimentos, trata-se da viagem mais importante de Lula, a quarta que ele faz à China.
Foto: Agência EBC.