
Santiago Peña foi eleito presidente da República do Paraguai neste domingo, dia 30.
A vitória de Peña marca a continuidade do Partido Colorado no poder desde o fim do regime de Stroessner, a partir de 1989, quando os colorados ficaram fora do poder por só cinco anos.
Peña é economista de formação, tendo trabalhado no FMI e servido como ministro da Fazenda do ex-presidente Horácio Cartes (2013-2018), de quem guarda grande proximidade, mais do que um o atual presidente Mario Abdo, também colorado. Cartes foi condenado por corrupção na Justiça paraguaia e deve ser extraditado dos EUA para cumprir pena.
Assim mesmo, Peña se elegeu com 43% dos votos válidos em uma eleição de um só turno, derrotando Efraín Alegre, do Partido Liberal Radical, e Paraguayo “Payo” Cubas, o candidato com forte discurso antibrasileiro.
Crê-se que Peña mantenha a política colorada de alinhamento ao Mercosul. Contudo, um problema é que deve manter também a atual política paraguaia em relação à China, já que o país não reconhece a República Popular, mas o regime do Taiwan como a verdadeira China. O que pode prejudicar um possível acordo comercial do Mercosul com o gigante asiático.