
Do Movimento de Solidariedade Íbero-americana.
A seguir, oferecemos a transcrição de um depoimento do CEO do megafundo de gestão de ativos BlackRock, Larry Fink, transmitido pela TV Bloomberg em 13 de junho último:
“O FMI e o Banco Mundial foram criados há 80 anos e bancos, não os mercados, financiaram as duas coisas. Hoje, o mundo financeiro está revirado. Os mercados de capitais são a maior fonte de financiamento do setor privado e desbloquear esse dinheiro requer uma abordagem diferente da do modelo bancário de balanço patrimonial (balance sheet) de ontem.
“Ainda há muito trabalho a ser feito, mas a reforma dos últimos oito meses resultou em bilhões de dólares em dólares novos para a infraestrutura nos países em desenvolvimento. Foi o que vocês viram na semana passada, com o lançamento da Coalizão de Investidores (Investor Coalition). A BlackRock, GIP [Global Infrastructure Partners], KKR e outras grandes firmas vão mobilizar US$ 25 bilhões nas economias emergentes asiáticas. De certa maneira, é um contraponto indopacífico ao [Plano Mattei] da Itália. Mas o modelo deles está ajudando os países africanos a crescer, e isto é importante. Cada país no mundo precisa de uma estratégia de crescimento.
“Mas se eu puder transmitir hoje uma mensagem mais importante, seria a de que os países que mais precisam de crescimento neste momento não são apenas as economias emergentes. De fato, as grandes potências econômicas, inlcusive o G-7, estão na lista. De fato, crescimento seguindo em frente. Todos nós estamos contemplando um dilema de crescimento. Se vamos resolvê-lo ou não, para o nosso país é uma bifurcação no caminho. Hoje, a relação média de dívida/PIB do G-7 é 129%. Não importa o quanto aumentemos os impostos, quanto cortemos ou reduzimos aquela dívida, não será suficiente. A única maneira com que poderíamos obter esse futuro de crescimento é, realmente, crescendo a partir dele.
“Mas apenas o crescimento está se tornando mais importante, porque precisamos concentrar-nos na nossa saúde fiscal. Ela também está se tornando muito mais difícil de se conseguir. Dentro de 25 anos, a maioria dos países do G-7 estará em declínio demográfico. A população em idade de trabalho vai diminuir e o limite máximo de crescimento diminuirá cada vez mais. É por isso que a construção de novas infraestruturas é fundamental, especialmente, através de parcerias público-privadas. Os investimentos em infraestruturas são uma contraforça para as economias altamente endividadas e de baixo crescimento (grifos nossos).”
Em essência, Mr. Fink encontra-se em plena fase de realismo. Já parecem longínquos os dias em que ele promovia a famigerada agenda ESG (ambiental, social e governança) como um novo messias da alta finança globalizada. Por isso, convém que países que contam com tais “investimentos” para os seus planos de governo prestem a devida atenção ao para o fato de ele estar chamando a atenção para problemas reais, em vez da ilusória agenda da “emergência climática” e seus desdobramentos.
Com todo respeito, deixa de palhaçada, agindo como um sujeito emocionado e acreditando em tudo que eles dizem. Seja frio e calculista, eles são mentirosos e nunca cumprem as promessas que fazem…
São apenas “promessas de campanha eleitoral”.
Ano passado eles prometeram “acabar com a lacração”. Eles mentiram, a lacração apenas aumentou.
As grandes empresas estadunidenses (que tem acesso a mais informação) estão fechando suas sedes em cidades que viraram cracolândias. Isso indica que “nada vai mudar”.
Eles vão continuar com a “política de desinvestimento” e “crescimento negativo”.
Sobre os militares brasileiros, eles são iguais ao Bozo (eles assistem globo e acham que aquilo é verdade). Os caras assistem certos sites “especializados” em conteúdo militar e acham que a Ucrânia está ganhando a guerra.
Os caras acham que o Gripen NG é melhor que o SU-35 da Venezuela, eles vivem num mundo de fantasia.
Quando a Turma do Bozo estava planejando a Guerra contra a Venezuela eles não estavam preocupados com “questões militares” estão preocupado com onde iam colocar as medalhas.
Eu tenho uma sugestão, mas se falar vão me acusar de homofobia…
O Brasil ia ter 5 marechais de Campo e 6 marechais do exército (do império, do Reich)? O normal não é só 1 marechal do exército?
Num país “sem exército” como o Brasil 3 de Campo e 1 de Exército já seria demais.
Quantos marechais do ar? Quantos grandes almirantes?
Os Bruzundangas – Lima Barreto – 1832.
Na Bruzundanga não existe absolutamente força armada. Há, porém, cento e setenta e cinco generais e oitenta e sete almirantes. Além disto, há quatro ou cinco milheiros de oficiais, tanto de terra como de mar, que se ocupam em fazer ofícios nas repartições. O fim principal dessas repartições, no que toca ao Exército, é estudar a mudança de uniformes dos mesmos oficiais. Os grandes costureiros de Paris não têm tanto trabalho em imaginar modas femininas como os militares da Bruzundanga em conceber, de ano em ano, novos fardamentos para eles.
Quando não lhes é possível de todo mudá-los, reformam o feitio do boné ou do calçado. É assim que já usaram os oficiais do Exército de lá, coturnos, borzeguins, sandálias, sabots e aquilo que nós chamamos aqui – tamancos.
Entretanto, o Exército da Bruzundanga merece consideração, pois tem boas qualidades que desculpam esses pequenos defeitos. É às vezes abnegado e quase sempre generoso, e eu, que vivi entre os seus oficiais muito tempo, tendo tido muitas questões com eles, posso dizer que jamais os supus tão tolerantes. Foi, no que me toca, um traço que, além de me surpreender, me cativou imensamente. Demais, apesar de toda e qualquer presunção que se lhes possa atribuir, eles têm sempre um sincero respeito pelas manifestações da inteligência, partam elas de onde partirem.
O mesmo não se pode dizer da Marinha. Ela é estritamente militar e os seus oficiais julgam-se descendentes dos primeiros homens que saíram de Pamir. Não há neles a preocupação de constante mudança de fardamento; mas há a de raça, para que a Bruzundanga não seja envergonhada no estrangeiro possuindo entre os seus oficiais de mar, alguns de origem javanesa. Os mestiços de javaneses, entretanto, têm dado grandes inteligências ao país, e muitas.
A marinha da Bruzundanga, porém, com muito pouco entra para o inventário intelectual da pátria que ela diz representar no estrangeiro com os seus navios paralíticos.
Se, de fato, lá houvesse Marinha, podia-se dizer que era mantida pelo povo da Bruzundanga para gáudio e alegria dos países estranhos.
As principais produções dos arsenais de guerra do país são brinquedos aperfeiçoados; e os da Marinha são muito estimados na nação pela perfeição das redes de pescaria que lhe saem dos estaleiros.
Uma das curiosidades da Armada daquele país é a indolência tropical dos seus navios que, às vezes, por mero capricho, teimam em não andar.
Enfim, a força armada da Bruzundanga é a cousa mais inocente deste mundo. Em face dela, todo o pacifismo ou humanitarismo é perfeitamente ridículo.