
Por Lorenzo Carrasco.
O governo da Noruega formalizou uma nova doação ao Fundo Amazônia, no valor de US$ 50 milhões. O anúncio foi feito oficialmente no último dia 26, no Oslo Tropical Forest Forum, realizado na capital norueguesa.
Como se sabe, a Noruega é a maior “doadora” do Fundo, que tem sido um eficiente instrumento de controle neocolonial sobre o Brasil, tendo como pretexto a nobre causa da proteção do bioma Amazônia.
Enquanto isso, a cônsul-geral no Rio de Janeiro, Mette Tangen, disse ao jornal Estado de S.Paulo que seu país está observando atentamente os rumos da Petrobras sob a gestão da presidente Magda Chambriard e da “transição energética” no Brasil, para aumentar os investimentos no País. “Sabemos que a Petrobras prioriza a pauta ESG (ambiental, social e governança). Gostamos do discurso de posse da nova presidente. Ela deu ênfase na transição energética e isso mostra bons indícios”, disse ela ao jornal. E completou dizendo que “as empresas norueguesas aguardam ansiosas pela regulamentação das eólicas offshore, setor que o Brasil tem muito potencial. A aprovação do mercado de carbono também é muito importante”.
A rigor, o discurso da cônsul-geral está mais para o de uma procônsul, haja vista a grande influência da Noruega na política ambiental brasileira.
Mas a Noruega é um caso típico da máxima, faça o que mando, não o que faço. Apesar de posar de campeã da proteção ambiental, tem na exploração de petróleo e gás natural a sua principal fonte de receitas e lucros, e a estatal Equinor atua como uma autêntica empresa que faz políticas de acordo com os interesses do Estado norueguês, e não dos mercados financeiros. Sem falar que, como outras “majors” petroleiras (BP, Shell, ExxonMobil etc), está deixando discretamente de lado a agenda da “descarbonização”. Ah, sim, tem investimentos em eólicas e outras fontes “renováveis”, para aproveitar a onda da “transição energética”, mas como seus dirigentes sabem que isto é uma onda passageira e o futuro não vai por aí, está investindo em pesquisas de fusão nuclear (alô, Petrobras!).
Além disso, Oslo está ampliando a exploração de hidrocarbonetos e incentivando a exploração submarina de minérios no Mar de Barents, no Ártico, cujos ecossistemas são tão ou mais delicados que os da Amazônia. E também não gosta de lançar holofotes sobre a sua população indígena, os samis (lapões), que habitam o Norte do país e as regiões vizinhas da Suécia, Finlândia e Rússia, e enfrentam não poucos problemas de segregação pelo restante da sociedade norueguesa (na Netflix, há um interessante filme baseado no tema, “Herança roubada”, apesar de os samis retratados serem suecos).
Apenas um breve comentário… O projeto do Bozo e do Ricardo Salles era ainda pior pois vinculava essa ajuda com territórios específicos (criando “protetorados verdes”).
A direita brasileira achava que entregando uma parte eles não incomodariam o Brasil sobre o resto (deixariam transformar em pasto)?
O Rei Harald V da Noruega deveria ter sido preso quando invadiu o Brasil “de sunga”…. Dizem as más línguas que ele estava “pelado, nu com a mão no bolso”.
O Príncipe Charles é outro folgado que quer mandar no Brasil.
Quem está atacando os Samis (Lapões) são os nazistas da OTAN, eles estão querendo proibir eles de entrar na Rússia (as tribos tem seguido as mesmas rotas por milhares de anos e isso não afeta as fronteiras nacionais), inclusive já estão eliminando os rebanhos de renas que entram na Rússia, quando retornam.
Daqui a pouco os ambientalistas (eco fascistas) vão querem eliminar (ou cobrar tributos) pelas renas.
Mesmo os “selvagens” do Brasil sabem que o modo de vida desses povos deve ser respeitado, matar as renas é uma agressão contra esses povos originários.