
Por Raphael Machado.
Bastou sair a pesquisa encomendada da Reuters dizendo que Michelle Obama era a única que poderia derrotar Trump nas urnas, que a esquerda liberal brasileira já saiu defendendo-a, praticamente em prantos, com todos os mais mofados slogans do Ocidente em decadência: “defesa da democracia”, “luta contra o fascismo”, etc.
É típico da Geração TikTok ter memória curta. Quem só consome conteúdo esquizofrenicamente célere que está sempre mudando de segundos em segundos tem, realmente, maior dificuldade para concatenar suas opiniões atuais com informações “enciclopédicas” do passado.
Mesmo que o passado em questão seja extremamente recente, como os anos 2009-2017, sob a presidência de Barack Obama.
Nesse período os EUA cometeram algumas das maiores atrocidades que o hegemon unipolar cometeu nas últimas décadas. Com um governo democrata já sintetizado com burocratas neocons (os quais se expandiram para além do Partido Republicano já no período Clinton), o Deep State dos EUA arquitetou uma onda de revoluções coloridas simultâneas por todo o mundo islâmico.
Essas revoluções coloridas levaram à derrubada de vários governos que, ditatoriais ou não, mantinham as tribos, oligarquias e facções armadas de seus países sob controle e relativamente pacificadas. O número imediato de mortes, apenas envolvendo a Primavera Árabe, foi de quase 150 mil pessoas, muitas delas civis.
Naturalmente, a “coroa” do sucesso dessa estratégia foi a intervenção na Líbia, implementada sem autorização do Congresso dos EUA, ou mesmo notificação. O país mais próspero e desenvolvido da África foi desintegrado sob o peso concentrado de bombas ocidentais somado com a ação armada de grupos terroristas teleguiados pela CIA, tudo para complementar o trabalho subversivo de ONGs de “direitos humanos” que haviam preparado o terreno.
A cena mais famosa dessa época é a de Gaddafi sendo publicamente torturado, enquanto Hillary Clinton (então secretária de Estado) gargalhava eufórica.
Enquanto isso, na Síria, a Primavera Árabe era alimentada para se tornar “algo mais”, uma verdadeira invasão multinacional (e não uma “guerra civil”), com a mobilização de velhos ativos da CIA vinculados à Al-Qaeda e organizações semelhantes em todo o mundo muçulmano e mesmo fora dele, contra Bashar Al-Assad, a principal pedra no sapato de Israel na região após a queda de Saddam Hussein.
De fato, a tentativa de destruição da Síria (até agora tão somente suspensa, mas não realmente resolvida) seguia as diretrizes apresentadas pelos neocons ao Pentágono após os eventos do 11 de Setembro de 2001. O plano em questão, que envolvia a derrubada sequencial dos governos de vários países, incluindo a Líbia, o Irã, o Líbano e a Síria, era bastante semelhante ao Plano Oded Yinon, proposto para viabilizar o expansionismo israelense.
É nessa época, também, que a CIA e o Mossad tutelaram a criação do ISIS, a partir das prisões iraquianas administradas pelo governo dos EUA. O ISIS foi instrumentalizado contra inúmeros povos e segue sendo usado até hoje contra países contra-hegemônicos ou então para legitimar a construção de Estados policiais em países ligados à hegemonia unipolar.
Isso sem nem mencionar o fato de que Obama deu continuidade à ocupação ilegal no Afeganistão e no Iraque. No Afeganistão, com o bônus de que o tráfico de ópio, extinto pelo Talibã, voltou com força total. A isso se somam ataques com drones contra civis na Somália e no Iêmen.
Na Europa, o Governo Obama arquitetou o Maidan, através da neoconservadora Victoria Nuland, dando início à atual guerra contra a Rússia, a qual inclusive pode se degenerar em um conflito nuclear. Nesse sentido, foi seu governo que preparou o caminho para a destruição da Ucrânia enquanto Estado e da aniquilação dos ucranianos, tudo como ferramenta para quebrar ou, pelo menos, enfraquecer a Rússia.
Vem dessa época, também, a construção por parte da NSA de um sistema nacional de espionagem voltado contra os cidadãos do próprio país, em que centenas de milhares de estadunidenses foram espionados. Esse sistema foi ampliado para o âmbito internacional a ponto de brasileiros, e até a nossa presidente na época, serem alvo de espionagem.
Aliás, por falar no Brasil, foi o governo Obama que construiu a Operação Lava Jato, baseada na ideia de “jurisdição universal”, a qual colocava o Departamento de Justiça dos EUA como órgão competente para atuar como uma espécie de “procuradoria planetária” em casos de corrupção, mesmo que não houvesse qualquer vínculo direto com os EUA.
A Lava Jato não foi um caso único, já que nesse período os EUA, basicamente, quebraram sequencialmente algumas das principais empresas da França, Itália, Coreia do Sul e de vários outros países, com destaque para o ataque concentrado à economia brasileira, especialmente à Petrobrás e às empreiteiras.
O governo Obama fez o oposto em relação aos crimes econômico-financeiros internos. Se não é possível responsabilizar Obama pela grande crise iniciada em 2008, o governo Obama protegeu os oligarcas de Wall Street, impedindo que os principais especuladores responsáveis pela quebradeira generalizada saíssem imunes de tudo.
Esse é apenas um resumo dos crimes, atrocidades e erros do governo Obama. E eles se multiplicariam se eu focassem nas questões internas do país.
Agora bem, algumas pessoas poderiam dizer que o que estamos comentando aqui diz respeito ao Barack Obama e não à Michelle Obama. Afinal… Barack era negro e HOMEM, enquanto Michelle é negra e MULHER. Faz toda a diferença, certo?
No mundo real, porém, o que temos é que Michelle Obama é uma dona de casa/ativista social, e não uma política profissional. De modo que se o tecnocrata Barack Obama já parecia um peixe fora d’água em reuniões com membros do Deep State, a Michelle só se sobressai em relação a Joe Biden por não ser senil.
Faz sentido, não? O grande trunfo do governo Biden é que os EUA têm um presidente que não governa. O ideal é, naturalmente, substituí-lo por outro presidente que não governe. Nesse sentido, a Michelle Obama é melhor que a Kamala Harris ou que Gavin Newson (governador da Califórnia).
O fato de que ela nem mesmo aparecia até algumas semanas atrás em enquetes ou apostas eleitorais mostra que tudo isso muito provavelmente foi armado pelo próprio campo do Obama dentro do Partido Democrata, que desde janeiro do ano já estava rivalizando e se desentendendo com o campo do Biden em relação a estratégias.
De resto, quanto à esquerda liberal brasileira, o que vem por aí será mais um vexame vergonhoso, em que veremos influenciadores ligados ao PT e ao PSOL agindo como cheerleaders em relação ao candidato do Partido Democrata, especialmente se, de fato, for uma “mulher negra”.
Sobre a “treta” entre o Carluxo e o Nikolas…
Ele está insinuando que a Filha dele é uma “fraquejada”?
A direita “na falta de inimigos” fica brigando entre si.
A última esperança do Bozo é conseguir manter o comando da direita.
Caso ele entregue o comando ao PSDB o palhaço Laranja estadunidense, mesmo que ganhe as eleições, vai abandonar ele na cadeia.
Falando em “fraquejada”…
Parece que os sionistas não “destruíram o mundo”, pois os “príncipes e barões” ainda estão dando uma FESTA DO FIM DO MUNDO, num Bunker do regime sionista.
Eles só podem começar a “colocar fogo no mundo” quando o pessoal das 13 (treze) famílias Illuminatis tivessem sido evacuados…
Sobre esse pessoal parasita que “não é advogado, mas vive de processar os outros”. Isso não é um problema brasileiro, isso é um problema estadunidense (pilantragem importada).
Esse pessoal que vive de se vitimizar (identitarismo) e “cavar falta” pra processar empresas e companhias aéreas é só o começo.
Os gringos tem essa pilantragem de processar qualquer um por qualquer coisa. Teve uma que colocou o gato pra secar no micro-ondas e ele morreu. Ela processou a empresa e GANHOU, pois o manual não dizia que não podia colocar gatos no micro-ondas.
Os juízes brasileiros colocaram teto no dano moral para “não criar uma indústria do dano moral”?
O “problema” é que esse teto só vale pra pessoas físicas (CPFs).
As ONGs (sim sempre elas) quando entram num processo recebem indenizações milionárias, mas como ONG é CNPJ não tem problema.
Uma coisa estranha nessa mini matéria é a comparação de candidatos que podem “governar” e ou não ser um “fantoche”. Todos eles são “fantoches” e executariam as ordens de seus chefes, exceto que alguns fazem o “trabalho” melhor que encomenda.
Antes que eu não me esqueça, não é Michelle e sim, Machael Obama. É apenas mais um casal de gays nas Casa Branca.