
Atos terroristas são ações simples, principalmente para Estados. Se for uma potência mediana, se torna mais fácil ainda, eles foram abandonados exatamente pela simplicidade, como podem ser executados quando a logística e a grana envolvida não é um empecilho.
É mais ou menos o código de honra entre criminosos poupando a família dos seus adversários. Não fazem isso por bondade, mas porque as suas também estão expostas, pois ao matar membros de outra família o seu oponente pode fazer o mesmo.
Por incrível que pareça, isso também vale para chefe de Estados, para líderes e para qualquer outra figura de destaque, todas as vezes que essa técnica foi usada, e a retaliação foi a moeda de troca.
A diferença é que o ataque do Mossad, que não passa de uma organização terrorista fantasiada de serviço secreto de um país, não será respondida na mesma moeda, irá para uma poupança especial que as nações árabes estão depositando para o Estado de Israel.
O que veremos, em um tempo bem curto, é que tudo isso vai custar caríssimo a nação como um todo. O país se tornou um incômodo na região e está se tornando unanimidade até entre inimigos e adversários naturais. Países árabes antagônicos hoje são unânimes quanto a destruição do Estado sionista.
O que aos olhos dos leigos pode parecer uma vitória na estratégia geopolítica armamentista, aquela que acaba decidindo a situação na bala, é um erro abissal. Hoje a preocupação principal dos sionistas é evitar uma retaliação no mesmo nível que não virá.
A vingança bíblica que guia a conduta dos sionistas, todos eles terroristas históricos, haja vista que para construir o Estado de Israel milhares de inocentes foram assassinados em atos terroristas, incluindo nessa conta milhares de judeus também. Essa malta não poupa ninguém, vide os soldados e bombeiros mortos no 11 de setembro.
Israel hoje é o sapo que nada numa piscina de águas mornas que achar ser até terapias termais, mas se ele saísse de dentro dessa piscina e olhasse com mais acuidade, iria descobrir que a piscina na realidade é uma panela com uma chama branda, porém constante. O sapo que nada calmamente nessa piscina mal se dá conta que vai morrer cozido.
Rubem Gonzalez.