
Editorial Jornal Puro Sangue.
Não é a primeira vez: hoje, dia 02 de outubro, o YouTube tirou do ar a live do Geoforça transmitida na noite anterior, em que Rubem Gonzalez e Raphael Machado comentavam o último ataque iraniano a Israel.
A live foi a mais vista no Geoforça, contando com um pico, segundo números do YT, de 4,5 mil espectadores. Quando a live foi tirada do ar, já contava com 35 mil visualizações. Números que são alcançados por canais grandes, com patrocínio e monetização da plataforma – o que não é o caso do Geoforça.
Trata-se antes de tudo de um instrumento de censura e de inversão do ônus da prova. Os vídeos do YT possuem uma opção “denunciar” a exibição de conteúdo em caso de crime e violação de direitos autorais. A plataforma não pode simplesmente tirar do ar o vídeo com base em denúncias sem antes checar o ocorrido, quando se tratava de uma live em que os comentaristas discorriam sobre os acontecimentos do dia 1 em Israel, com o acompanhamento de vídeos tirados por moradores israelenses sobre as explosões ocorridas. Nada que não pudesse ir ao ar de qualquer emissora de TV da rede aberta.
Cabe ressaltar que o Geoforça tem quatro anos de existência no YT e mais de 1.590 vídeos disponíveis. Conta com mais de 67 mil inscritos, número que vem crescendo rapidamente nas últimas semanas. Tudo isso sem patrocínio de grandes empresas, bancos ou agências de fomento estrangeiras. Tudo que o canal possui são computadores, smartphones e rede de transmissão de dados. Toda monetização foi suspensa pelo YT sem motivos claros, sendo que o canal se sustenta da contribuição dos ouvintes pelo PIX.
Diante das circunstâncias, parece que há uma operação para calar, em um cenário de extrema polarização, um canal não alinhado nem com a direita, nem esquerda brasileiras, como tampouco às narrativas da OTAN e seu “Mundo Livre” sobre os conflitos internacionais – tão ao gosto dos grandes órgãos de mídia e canais com conteúdo promovido pelo YT. Um canal que narra as alterações nas placas tectônicas do poder mundial e não faz pouco caso da inteligência dos espectadores, feito por uma amante e estudioso dos conflitos geopolíticos como Rubem Gonzalez.
Precavido, o canal Geoforça guarda os conteúdos de todas as lives transmitidas.
Eventuais censuras por plataformas que seguem critérios escusos e pouco transparentes não intimidarão a produção de conteúdo no canal. O Geoforça é tocado por pessoas comuns, que dividem seu tempo entre o sustento diário e as atividades do canal, cientes de que não há infração nenhuma nos conteúdos produzidos.
Seguimos adiante!