
Por Wellington Calasans.
É crucial que os Estados Unidos e outros atores regionais busquem soluções diplomáticas para reduzir as tensões e evitar uma escalada do conflito. Reconhecer os erros e buscar o diálogo ainda é a opção, mas o relógio corre rápido.
Somente depois que Israel foi humilhado pelo Irã é que ficamos sabendo que havia uma negociação de cessar-fogo e que Netanyahu optou por trair o acordo que tinha feito com o Hezbolah e Irã para a crise de Gaza e Líbano.
A diplomacia multilateral e o diálogo são essenciais para evitar que a região mergulhe ainda mais no abismo da guerra e da violência. Para isso, será preciso parar Netanyahu e os fanáticos que trabalham com ele.
A cooperação entre todos os envolvidos é fundamental para encontrar soluções pacíficas para os desafios enfrentados no Oriente Médio. Ou o povo de Israel entende que com “Bibi” Netanyahu o país é conduzido ao precipício, ou será tarde demais.
As ambições de Netanyahu refletem uma visão messiânica e completamente deslocada da realidade. Um pouco de leitura revela que a região tem sido marcada pelo histórico de desilusão para grandes projetos, como os romanos, britânicos e líderes locais como Gamal Abdel Nasser.
Para Netanyahu, derrotar o Hezbollah e enfraquecer o Irã seria uma forma de compensar as falhas de segurança que os israelenses o culpam, especialmente após tantas mortes e instabilidade dentro de Israel, quebrando o mito da “melhor segurança do planeta”.
A história mostra que implementar grandes visões no Oriente Médio é um desafio difícil, com muitos obstáculos ao longo do caminho, naturalmente sendo encerrado pelo fracasso.
Os funcionários da mídia de massa têm tanta responsabilidade pelos horrores do Oriente Médio quanto aqueles que os causam fisicamente. São agentes da proliferação da discórdia.
A imprensa mainstream deveria desempenhar um papel de pacificação, mas, no lugar disso, apoia descaradamente as atrocidades cometidas por Israel. Mesmo que muitos os desprezem este papel sinistro, a responsabilidade da imprensa não pode ser ignorada.
É hora de mostrarmos que há algum sentido por sermos todos chamados de “seres racionais”. Somente o diálogo pode evitar a inimaginável hecatombe.
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