
Como todos sabem, Lula cancelou a ida à Rússia, onde iria participar presencialmente da Cúpula dos BRICS de 2024. Mandou em seu lugar, o ministro Mauro Vieira. O ministro de Minas e Energia, que iria com Lula a Kazan, também cancelou a ida.
Lá Lula teria a oportunidade de se encontrar presencialmente com Vladimir Putin, em um encontro a portas fechadas no qual poderiam conversar livremente. Ao invés disso, participará da reunião por videoconferência.
Enquanto isso, as principais figuras da sua equipe econômica passarão a semana que começa neste dia 22 de outubro em Washington. Simone Tebet participou de uma reunião no think tank Atlantic Council e terá mais itens na agenda para falar sobre perspectivas sobre a economia brasileira, sobre as reformas do governo e a política fiscal. Tudo em um esquema de praticamente prestação de contas.
Já Fernando Haddad está na capital dos EUA para participar da reunião de ministros da Fazenda do G20, na sede do FMI. Está previsto em sua agenda um encontro com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, com o qual apresentará artigo, também assinado pela ministra Marina Silva, sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. Trata-se de um projeto apresentado na COP 28, em Dubai, para viabilizar um instrumento financeiro para recompensar países tropicais manterem suas florestas intactas.
Como se pode ver, se na Rússia será discutido os contornos de mecanismos de desdolarização das economias do bloco e perspectivas que novos países venham aderir aos BRICS, o governo brasileiro caminha em sentido contrário. Preferem prestigiar o dólar e a agenda da economia verde atrelada à moeda dos EUA.
Lula foi um dos grandes entusiastas e trabalhou muito pela criação dos BRICS. Porém hoje prefere deixar o projeto de lado, logo agora que ele está decolando.
Tirem suas conclusões.
1 thought on “O Brasil, os BRICS e os encontros em Washington”