O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial, alegando a necessidade de “proteger” o país “das forças comunistas e antiestatais norte-coreanas”. A medida de Yoon foi arriscada, já que a maioria de seus antecessores enfrentou destinos nada invejáveis, às vezes por transgressões muito menos graves.
Por falta de apoio político, o presidente teve que dar para trás, por não ter apoio nem de seu próprio partido para a medida de urgência.
Apesar do desenvolvimento econômico e social no país durante a segunda metade do século XX, logrado com apoio político e econômico e presença militar dos EUA, ele veio acompanhado de instabilidade política, com um histórico de golpes e ditaduras militares.
Lista de líderes do país que tiveram seus mandatos interrompidos, foram assassinados, presos ou se suicidaram:
Syngman Rhee: fantoche dos EUA escolhido a dedo que fundou a República da Coreia em 1948. Derrubado em uma agitação em massa em 1960.
Yun Po-sun: Deposto em um golpe militar em 1962.
Park Chung Hee: Governou por 17 longos anos. Assassinado por um amigo próximo (o diretor do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, o KCIA), em 1979.
Choi Kyu-hah: Presidente por menos de dez meses. Derrubado em outro golpe militar em 1980.
Chun Doo-hwan: Governou com mão de ferro (completo com um campo de concentração pessoal que dava aos inimigos uma “educação purificadora”). Deixou o cargo após uma revolução em 1988. Condenado à morte em 1996 por sua participação em um massacre em 1980. Perdoado um ano depois. Morreu pacificamente em casa em 2021.
Kim Young-sam: Governou até 1998. Preso durante o reinado de Park. Garantiu as condenações de seus antecessores.
Kim Dae-jung: Governou até 2003. Também foi preso durante o governo de Park, condenado à morte, mas poupado por Chun. Aconselhou Kim Young-sam a perdoar Chun e Roh.
Roh Moo-hyun: Presidente até 2008. Investigado por corrupção. Suicidou-se em 2009.
Lee Myung-bak: Líder de 2008 a 2013. Detido por acusações de desvio de fundos, corrupção e abuso de poder em 2018. Condenado a 15 anos de prisão. Perdoado por Yoon Suk-yeol em 2022.
Park Geun-hye: Presidente de 2013 a 2017. Impeachment em 2016 e destituição do cargo em 2017. Condenada a 25 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Perdoada no final de 2021 por seu sucessor.
Moon Jae-in: 2017-2022: Sem prisão, sem golpes, sem impeachment, sem assassinatos. Até que enfim!
Com informações do Geopolitics Live.