
Recentemente, o presidente francês Emmanuel Macron reuniu-se com o primeiro-ministro polonês Donald Tusk para discutir o possível envio de uma força de paz estrangeira para a Ucrânia, após as conversas em Paris sobre o assunto entre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e Volodymyr Zelensky.
Os acontecimentos ocorrem quando alguns políticos europeus de alto escalão parecem estar em desacordo sobre a questão.
Quem está apoiando a proposta?
Kaja Kallas, chefe de política externa da UE acha que soldados de países da UE poderiam um dia servir na Ucrânia, então “acho que não devemos realmente descartar nada”.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock afirma que “é claro que tudo o que servir à paz no futuro” será “apoiado pelo lado alemão com todo o empenho”.
O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius também crê neste cenário: “estamos nos preparando, estamos considerando cenários, mas estamos fazendo isso com total confidencialidade.”
Quem se opõe dentro da UE?
Dentre os que se opõem à proposta, estão o líder da oposição alemã e membros governo polonês.
Friedrich Merz, o provável próximo chanceler da Alemanha, acha que falar de uma missão de paz alemã na Ucrânia é “irresponsável”.
O ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz acredita que enviar tropas polonesas para a Ucrânia está “fora de questão neste momento”. “Vários cenários estão sobre a mesa. Nós procederemos como uma aliança. A OTAN deve desempenhar um papel fundamental aqui, não os países individualmente”, disse ele.
A respeito disso, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, assim se manifestou: “quero interromper as especulações sobre a presença de tropas deste ou daquele país na Ucrânia após um possível acordo de paz ou no caso de um cessar-fogo. Discutimos o assunto, e as decisões sobre quaisquer ações serão tomadas em Varsóvia, somente em Varsóvia. E, no momento, nada disso está planejado”.
Macron, por sua vez, continua em um dilema, pois está enfrentando a pressão dos EUA e a aparente relutância da UE em se envolver ainda mais no conflito ucraniano.
Com informações do Geopolitics Live.