
Brasil Grande
Anteriormente, já vimos a mistura láctea condensada, o leite brasileiro que, na verdade, é soro, e até o leite condensado, um item tradicional da nossa cultura.
Mas o que as pessoas não estão percebendo é que existe uma série de acontecimentos que contribuem para a destruição da alma do povo brasileiro. Picanha que não é picanha, o futebol brasileiro em declínio, a moradia minúscula e os carros caros e de plástico.
Algumas dessas questões são meramente materiais, mas outras são essenciais para a alimentação do povo, como o café e a carne, ou para o entretenimento, como o futebol. Vender bebida sabor café ou mistura láctea é algo absurdo que fazem contra nosso povo.
Além disso, há aspectos imateriais, como a religiosidade, que foi profundamente afetada por uma substituição agressiva, com igrejas neopentecostais chegando ao ponto de desrespeitar símbolos católicos, como Nossa Senhora, em programas de TV aberta, mas também outras religiões.
Há também uma “paixão” inexplicável por certos países e povos que nunca contribuíram para com o Brasil, mas pelo contrário, nos prejudicaram de forma grave e evidente. Enquanto isso, aceitamos morar em caixinhas de fósforo chamadas de “lofts”, copiadas de modelos americanos.
Aqui o exemplo dos EUA e algumas vezes que sabotaram e nos ameaçam:
Como pode um país que é o quinto maior do mundo em território achar razoável que sua população viva em espaços de 15m²? Nossos avós moravam em terrenos de 300m², 500m² ou mais. Nossos pais aceitaram apartamentos de 120m², 80m² ou, no mínimo, 75m².
Hoje, vivemos em cubículos que nos deixam doentes, ansiosos, sem varandas e totalmente enclausurados. E estamos aceitando isso. Na pandemia vimos as pessoas piorando por causa desse enclausuramento absurdo, vivendo em caixinhas de fósforos de 30m² ou menos.
Por quê? Por que a carne está mais cara? Por que, mesmo com o Brasil batendo recordes de exportação de café, os preços aqui estão astronômicos? Por que, tendo um dos maiores rebanhos do mundo e a JBS, um monopólio global de proteína, pagamos preços tão altos?
Por que um dos maiores produtores de laranja do mundo paga uma das laranjas mais caras do mundo? Será apenas uma questão de impostos? Não. É uma questão de financeirização. Você paga o preço atual da carne porque ela é cotada em dólar.
O mesmo acontece com o café que exportamos para a Nespresso fazer cápsulas e depois vendermos de volta a preços absurdos. Tudo isso porque os governantes brasileiros e a “elite apátrida” que habita o país não têm vergonha de considerar a industrialização do Brasil como algo ruim.
Claro que eles acham ruim! Temos um presidente que está no poder e defende taxas de juros de 13,25%. Como é possível desenvolver uma indústria nacional assim? Como um governo tão fraco não tem uma política para manter preços com lucro razoável para alimentos cotados em dólar?
Por que permitimos que nossos produtos sejam cotados em dólar se ganhamos em real? Por que não há uma verticalização da produção de insumos para alimentar o próprio povo? Por que nosso governo não investe nisso? Será que esse gráfico abaixo atrapalha? Isso só aumenta ano após ano.
Como a melhor agricultura e agropecuária do mundo não tem uma nacionalização e industrialização de insumos e equipamentos para o setor? O grande problema é que, da esquerda à direita, a elite intelectual, política e, principalmente, econômica deste país é um bando de parasitas.
Em resumo, existe um projeto para destruir a nacionalidade, desde a nossa comida até mesmo a desmoralização e desvalorização do nosso próprio futebol.