
A montadora chinesa BYD anunciou que vai emprestar 20 veículos a ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), conforme noticiou o jornalista Lauro Jardim, de “O Globo”.
Serão 20 carros do modelo Seal, cada um com preço de mercado de R$ 300 mil, estando disponíveis aos ministros, no regime de comodato, por um prazo de dois anos, na qual a o STJ terá que devolver o veículo à montadora.
O STJ afirma que abriu um chamamento público para cessão de veículos por comodato, “para promover o uso de veículos elétricos no país”. Muito ecológico.
A BYD está envolvida em uma controvérsia pela descoberta, por fiscais do serviço público, de mais de 163 trabalhadores chineses em regime análogo à escravidão nas obras de construção de uma fábrica em Camaçari, na Bahia. Segundo os fiscais, os trabalhadores tinham jornada de dez horas diárias, seis vezes por semana, com instalações sem condições de abrigar tantos.
Os trabalhadores eram contratados da Jinjiang, uma empresa também chinesas, mas que era subcontratada pela BYD para a construção da fábrica. Mesmo assim, segundo a legislação brasileira, a empresa contratante do serviço, no caso a BYD, é legalmente responsável pelas condições de trabalho.
Caso o Ministério Público apresente denúncia, a BYD terá que responder na Justiça.