
Wellington Calasans
Recebi um texto rico em detalhes sobre os absurdos praticados pela USAID. Nele a constatação de que o senso comum vive uma realidade paralela é dolorosa, mas necessária.
Os detalhes descritivos do texto decorrem da perspectiva dos EUA. Por isso, resolvi elencar algumas “Verdades Absolutas” que no Brasil são defendidas de maneira visivelmente desconectadas da realidade.
Como sabemos, a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) tem sido alvo de críticas em todo o mundo, pois a sua atuação é visivelmente danosa aos países eleitos como alvos.
No Brasil não poderia ser diferente, pois a atuação da USAID está cravada nas questões sociais, políticas e culturais. Por isso, dedico algumas linhas (Muitas! Textão! Baiano gosta de ler e escrever…) sobre o tema.
Falarmos sobre isso é importante porque alguns setores da sociedade brasileira começam a entender como a agência USAID promove uma agenda que deve ser vista como contrária aos valores tradicionais do país e à soberania nacional brasileira.
Essa percepção está associada ao papel que a USAID teria desempenhado na disseminação de ideias e práticas que alguns já associam a um projeto de implementação de um conjunto de ações prejudiciais às soberanias, nacional e popular.
A Ingerência da USAID: Agenda Cultural e Políticas Sociais
Ao vasculharmos o que tem sido produzido por profissionais dedicados às questões internacionais, vemos que há relatos e análises que apontam para a influência da USAID, no Brasil, em áreas sensíveis, como educação, cultura, mídia e política.
Essa influência seria direcionada para promover uma agenda de degeneração cultural, enfraquecendo os pilares familiares e sociais que historicamente sustentaram a identidade brasileira. Por exemplo:
1. Promoção de ideologias importadas: críticos afirmam que a USAID apoia movimentos e organizações que pregam ideologias estrangeiras, muitas vezes desconectadas das realidades locais. Isso inclui a promoção de pautas que priorizam interesses globais sobre as necessidades nacionais, como a apologia ao consumo de drogas ou a minimização da importância da família tradicional.
2. Censura e perseguição política: há denúncias de que a USAID financia grupos que perseguem quem questiona a integridade do sistema eleitoral brasileiro, especialmente aqueles que pedem mais transparência e auditoria nas urnas eletrônicas, inclusive com o comprovante intocável em papel. Além disso, esses mesmos grupos seriam acusados de censurar vozes que se opõem à impunidade de criminosos e à erosão dos valores morais.
3. Subversão institucional: outro ponto de crítica é a suposta interferência da USAID em processos institucionais brasileiros, tentando moldar a legislação e as políticas públicas de acordo com interesses externos. Isso inclui a defesa de leis que limitam a liberdade de expressão, criminalizam opiniões divergentes e enfraquecem a autonomia nacional.
Essas ações, segundo esses analistas independentes, contribuem para um processo de submissão do Brasil às agendas internacionais, comprometendo sua soberania e independência.
Vamos ao texto que recebi e na sequência um pouco mais sobre o Brasil.
O texto
Os Mosqueteiros revelam que você está vivendo em uma realidade simulada
Por Clarice Feldman
Nas últimas duas semanas, Elon Musk e seu grupo de jovens gênios da computação decifraram o código. Como Totó puxando a cortina do Mágico de Oz, eles puxaram a capa do segredo governamental. Eles mostraram como oceanos de receita tributária fluíram por Organizações Não Governamentais (ONGs), fundações que soam como caridade, a ONU e outras para financiar terroristas, desordeiros como o BLM e repórteres para promover democratas e censurar a oposição, na maioria das vezes para enriquecer políticos democratas e seus amigos, familiares e aliados. As notícias que você pensava que eram notícias não foram geradas de forma independente e honesta. As instituições de caridade que você pensava que eram genuínas, não eram. É um grande golpe de gaslighting e você pagou por isso.
A montanha de descobertas é mais do que consigo acompanhar. Nossa própria Andrea Widburg listou algumas das coisas que foram encontradas na primeira parcela dos registros da USAID. Isso incluía (só para começar) o financiamento do anti-Trump Bill Kristol, junto com “instituições de caridade religiosas”, administradas por pessoas altamente remuneradas com quem se pode contar para defender fortemente o aumento da imigração e a proteção de imigrantes ilegais que trouxeram para cá. E colocadas nas listas de assistência social para você apoiar.
Townhall tem mais . Aqui vai uma breve amostra — há muito mais:
US$ 1 milhão foi destinado ao apoio a grupos LGBTQ+ francófonos na África Ocidental e Central, US$ 3,3 milhões foram gastos na normalização de “ser LGBTQ no Caribe” e US$ 425.600 ajudaram empresas de café indonésias a se tornarem “mais favoráveis ao clima e ao gênero”.
Mast disse que US$ 1,5 milhões foram destinados à promoção de oportunidades de emprego para indivíduos que se identificam como LGBTQ na Sérvia, US$ 16.500 para promover um “discurso queer-feminista unido e igualitário na sociedade albanesa”, mais de US$ 47.000 para uma “ópera transgênero” na Colômbia, US$ 32.000 para uma história em quadrinhos centrada em LGBTQ no Peru, US$ 70.880 para um musical promovendo DEI na Irlanda, US$ 20.600 para um show de drag no Equador, mais de US$ 7.000 para uma série de palestrantes BIPOC no Canadá, mais de US$ 39.650 para sediar seminários no Festival Internacional do Livro de Edimburgo sobre “identidade de gênero e igualdade racial”, US$ 80.000 para um centro comunitário LGBTQ na Eslováquia, US$ 10.000 para pressionar corporações lituanas a promover mensagens DEI e US$ 8.000 para promover DEI entre grupos LGBTQ+ no Chipre.
O Escritório de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade da USAID notificou o Congresso pouco antes do Natal que eles reservaram dinheiro (cerca de US$ 1 milhão) para vários programas que darão suporte a grupos “marginalizados” na Indonésia, Guatemala e Quênia.
O aviso de financiamento disse que a USAID “se envolveria com instituições lideradas por indígenas para implementar um programa de tecnologia de linguagem indígena” na Guatemala.
Em março de 2023, a USAID reservou até US$ 1 milhão para ajudar pessoas com deficiência no Tajiquistão a se tornarem “líderes climáticos”. O aviso de subsídio solicitou propostas para um projeto de “Ação Climática Inclusiva para Pessoas com Deficiência” no país da Ásia Central que garantiria que os tajiquistaneses com deficiência fossem incluídos “no desenvolvimento de políticas de resposta e mitigação às mudanças climáticas”.
Em maio de 2023, a USAID revelou um esforço de US$ 1,5 milhão com o objetivo de “empoderar as mulheres para se adaptarem às mudanças climáticas no norte do Quênia”. As mulheres na área, escreveu a USAID, vivem em “comunidades tradicionalmente patriarcais” e precisam de treinamento para se juntar à luta do Quênia contra as mudanças climáticas. O programa “melhoraria sua participação na tomada de decisões” e “aumentaria as capacidades de adaptação às mudanças climáticas”.
Não é só desperdício em projetos idiotas. A maioria desses desembolsos é canalizada para os bolsos de ONGs localizadas na área de Washington DC, administradas por amigos e familiares de políticos democratas que recebem a maior parte do dinheiro.
Notas complementares
Sempre denunciei que o brasileiro é proibido de falar sobre espionagem e conspiração estrangeira. Por isso, tudo que denuncia a ingerência externa é imediatamente rotulado de “teoria da conspiração”.
É preciso ser muito ingênuo para achar que um país rico como o Brasil não seria alvo de uma forte sabotagem. O caso da USAID é oportuno para que o brasileiro conheça a verdadeira história e possa traçar caminhos para uma política genuinamente brasileira.
Para contrapor essa ingerência externa e reconstruir uma política verdadeiramente brasileira, é fundamental resgatar princípios históricos que marcaram momentos de progresso econômico e social no país.
O desenvolvimentismo, especialmente durante o governo de Ernesto Geisel, oferece um modelo inspirador, inclusive foi adotado pela China e os resultados são inquestionáveis.
Resgatar o desenvolvimentismo de Geisel é uma necessidade urgente. O trabalho patrocinado pela USAID de demonizar o presidente Ernesto Geisel é apenas o embrião do que se transformou o Brasil desde a eleição de Tancredo. A chamada “democracia” é um engodo retumbante.
Geisel liderou um período de modernização industrial e crescimento econômico no Brasil, marcado por investimentos em infraestrutura, tecnologia e recursos naturais. A “democracia” da USAID nada mais é do que a destruição de tudo o que foi construído. O desmonte!
Alguns pontos para resgatarmos o legado de Geisel:
1. Autossuficiência Energética: Geisel incentivou o uso de fontes de energia renováveis, como o etanol, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis importados. Hoje, o Brasil deve buscar soluções similares para fortalecer sua economia e diminuir a vulnerabilidade frente a flutuações externas.
2. Indústria Nacional: Durante seu governo, houve um forte incentivo ao desenvolvimento da indústria nacional, protegendo-a de concorrências desleais vindas de fora. Recuperar essa visão significa apostar em políticas industriais que priorizem o trabalho e a inovação brasileiros.
3. Soberania Nacional: Geisel defendeu a independência do Brasil em relação às potências globais, buscando parcerias estratégicas sem abrir mão da soberania. Essa postura deve ser retomada, rejeitando qualquer tipo de intervenção estrangeira que ameace nossos interesses nacionais.
Propostas concretas para o futuro
Para construirmos uma política genuinamente brasileira, são necessárias medidas concretas que fortaleçam nossa identidade, economia e autonomia:
1. Fortalecimento das instituições nacionais: Investir em reformas que aumentem a transparência e a eficiência das instituições brasileiras, garantindo que elas sirvam aos interesses do povo e não de agentes externos.
2. Defesa dos valores culturais: Promover programas educacionais e culturais que valorizem a história, a tradição e os costumes brasileiros, resistindo à imposição de modelos estrangeiros que destroem nossa identidade.
3. Desenvolvimento tecnológico independente: Estimular a pesquisa científica e tecnológica no Brasil, criando soluções locais para problemas globais e reduzindo a dependência de tecnologias importadas.
4. Revisão de parcerias internacionais: Reavaliar tratados e acordos com organismos internacionais, garantindo que eles estejam alinhados com os interesses brasileiros e não apenas com os objetivos de países hegemônicos.
5. Combate à corrupção e impunidade: Implementar políticas que punam severamente crimes contra a nação, preservando a segurança pública e combatendo a corrupção sistêmica.
6. Separação dos poderes constituídos: Reduzir a ingerência do judiciário nas questões do executivo e do legislativo, impondo aos magistrados que se manifestem somente nos autos.
Como vemos, a USAID realizou um trabalho sujo de cooptação e sabotagem no Brasil. A propaganda em torno da “democracia” foi usada para destruir a agenda desenvolvimentista e o que temos hoje (violência, degeneração, caos institucional, etc.) é a consequência da mentira defendida como “verdade absoluta”.
Por isso, o caminho para um Brasil soberano e próspero passa pela recuperação de suas raízes, pelo fortalecimento de suas instituições e pela rejeição de agendas externas que buscam controlar nossos rumos.
Inspirando-se no desenvolvimentismo de Geisel e em valores genuinamente brasileiros, podemos construir um futuro onde a nação seja protagonista de seu destino, livre de ingerências estrangeiras.
Exigir mais transparência eleitoral é o primeiro passo. Basta um rápido olhar nos “eleitos” para sabermos que não é isso que o brasileiro quer como representação política.
Quem rejeita mais transparência deve ser observado com os olhos de quem sabe o que a USAID fez no verão passado.