
Wellington Calasans
Assim como os “líderes políticos” (pausa para rir) reunidos em Londres, a imprensa de propaganda tenta ganhar fôlego após o nocaute sofrido na união Trump e Putin, com o aval da China.
Excitados, jamais envergonhados, órgãos de imprensa divulgam que “França e Grã-Bretanha propõem uma trégua de um mês na Ucrânia durante cúpula em Londres, visando interromper conflitos e fortalecer a segurança europeia”. Que lindo!
A suposta “Proposta de Trégua” é uma troca de cueca suja de Macron e Starmer que sugerem uma “pausa de um mês nos conflitos na Ucrânia” para que possam reequipar os seus exércitos, alterar a agenda da paz iniciada entre Trump e Putin (com o aval da China) e retomar os ataques contra a Rússia.
Em suma, a Cúpula de Londres foi uma reunião que contou com “líderes europeus” (nova pausa para rir), muitos não eleitos que falam sobre democracia, em apoio à guerra na Ucrânia na luta do que sobrou da OTAN, sem os EUA, contra a Rússia.
É uma espécie de mini-acordo de Minsk. Devidamente apresentado para que não seja cumprido e – como disse Angela Merkel – para entreter os russos.
A colaboração franco-britânica (França e Grã-Bretanha) está se desenvolvendo num plano conjunto para manutenção da guerra, sob a falsa bandeira de fortalecimento da segurança na região.
As figuras patéticas reunidas em Londres perderam uma grande oportunidade de entender (ou aceitar) que as negociações bilaterais iniciadas entre Trump e Putin, sobre o fim da guerra, ocorrem sem a participação da Ucrânia porque o que está em disputa é o espólio da Ucrânia.
A crise de liderança é um problema endêmico. Basta olhar a foto da “Cúpula de Londres” para que tenhamos uma noção exata do tamanho do problema.