
Em ato contra a anistia dos presos do 08 de janeiro, o ex-ministro José Dirceu mandou um recado a respeito da escolha do principal candidato de oposição a Lula para 2026: “a direita não quer Bolsonaro, ela já escolheu Tarcísio de Freitas”.
“A direita não o quer (Bolsonaro) como candidato e vai ameaça-lo com a prisão sem indulto se ele continuar a fazendo o que ele quer fazer. O candidato dela se chama Tarcísio de Freitas. A elite de São Paulo já o abraçou por que o que o Tarcísio está prometendo a eles? Está prometendo a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDES e da Previdência”.
Segundo José Dirceu, a candidatura de Tarcísio retomaria o plano de privatização de quase todas as empresas estatais do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Provavelmente não mais com este no comando da Fazenda, mas com Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional e hoje economista-chefe do Banco BTG.
O movimento por Tarcísio, capa até da revista Veja (“Plano T”), está bem óbvio e o atual governador de São Paulo procura se mostrar como fiel e solidário a Jair Bolsonaro, participando de todos os eventos convocados pelo ex-presidente, sempre a seu lado, até mesmo em uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
No entanto, apesar de o protecionismo ganhar corpo na economia mundial, com as políticas tarifárias de Trump, no Brasil, a elite econômica entrelaçada com o mercado financeiro segue enamorada do “tarado do martelo”, o governante comprometido em transferir grandes empresas monopolistas para o setor privado, mesmo em se tratando de uma empresa de economia mista como era a Sabesp. O neoliberalismo com prazo de validade vencido nos países centrais, ainda encontra eco em alguns países sul-americanos, como Brasil e Argentina.
