
Aldo Rebelo
Em entrevista ao portal Poder 360, Aldo Rebelo comentou a respeito do depoimento em que prestou como testemunha de defesa do almirante Garnier, ao procurador-geral da República e ao ministro Alexandre de Moraes, no dia 23 de maio.
Perguntado se tem receio de alguma retaliação de Moraes ou de algum outro ministro do STF, respondeu que não e nem se sente intimidado.
“Nunca respondi a nenhum processo no Supremo Tribunal Federal e tenho pela instituição o maior respeito e apreço pessoal por alguns de seus integrantes, embora guarde profundas diferenças relacionadas com atribuições expandidas da Corte invadindo prerrogativas dos outros poderes, e assim contribuindo para a instauração da dupla insegurança que vive o País: a insegurança jurídica entre os entes privados e o Estado, e a insegurança institucional na relação entre os próprios poderes constituídos”.
Acredita que os réus dos atos de 08 de janeiro devem responder por atos de vandalismo e não por “golpe de Estado”, conforme a interpretação da PGR e do STF.
“O que vejo é a reprodução no caso dos réus do 8 de janeiro da mesma emulação condenatória que moveu setores do Judiciário contra os acusados de crimes no governo do presidente Lula. O paradoxo é que há sempre grupos desavisados dispostos a aplaudir quando o perseguido ou o condenado não partilha sua orientação política”
A respeito do envolvimento de altos oficiais das Forças Armadas nos processos e pedidos de prisão preventiva, por envolvimento nos inquéritos, disse o seguinte:
“As Forças Armadas constituem a corporação mais confiável e mais comprometida com os interesses nacionais, acumulando a dupla missão de defesa da Pátria e de construção da Nação, apoiando na área social, de infraestrutura, de ciência e tecnologia as ações do Estado nacional. E se as Forças Armadas cometeram erros no passado, acusá-las de golpe hoje é mais do que uma injustiça, é um erro, parafraseando o estadista francês”.