
Observatório para um Brasil Soberano
Em um Brasil onde a desigualdade é velha conhecida, o governo Lula escancara sua vocação: garantir que bancos e a elite financeira da Faria Lima saiam sempre ganhando. O agrado mais recente é a antecipação de R$ 35 bilhões em receitas do petróleo para tapar o rombo fiscal. Isso é só a ponta do iceberg num cenário de juros estratosféricos, escândalos de corrupção e descontrole fiscal que coloca o país à beira do abismo.
O plano é descarado: vender a preço de banana a parte da União em campos estratégicos como Tupi, Atapu e Mero. Leilões e revisões tributárias são feitos sob medida para especuladores. Esses R$ 35 bilhões, que poderiam fortalecer nossa soberania, serão jogados no buraco fiscal que o governo cavou com sua gastança desvairada.
A Margem Equatorial, com potencial energético, segue paralisada por “pressões ambientais” convenientes e cálculos políticos. Quem se beneficia? Os mesmos de sempre. Bancos e fundos da Faria Lima, como o BTG Pactual, salivam com a chance de lucrar muito com ativos públicos vendidos a preço
de liquidação. É um ciclo perverso: o governo entrega o patrimônio a preço de banana, banqueiros faturam lucros exorbitantes, e o povo fica com o prejuízo. A Petrobras, símbolo de orgulho, é tratada como um caixa eletrônico para cobrir as falhas de um governo que não sabe gerir suas finanças.
E isso não atinge apenas o petróleo. As taxas de juros mais altas do mundo são outro presente de Lula à Faria Lima, que sufocam o crescimento econômico, encarecem o crédito e estrangulam o consumo, enchendo os cofres do sistema financeiro. Para os bancos, é o cenário dos sonhos: captam dinheiro a
custo baixo e emprestam com taxas exorbitantes, garantindo lucros recordes, enquanto empresas quebram e famílias se afogam em dívidas.
Mas para o governo Lula, que prometeu cuidar dos mais pobres, o impacto devastador dessas taxas não tem a menor importância. O crédito caro inibe investimentos, trava a geração de empregos e condena o brasileiro a um ciclo sem fim de endividamento. Enquanto os bancos batem recordes de lucratividade e o Morgan Stanley projeta o Ibovespa a 189 mil pontos em 2026, para a Faria Lima, o Brasil é um “mercado barato” – para o trabalhador, um país cada vez mais caro e inviável.
E a impunidade? Essa é a cereja do bolo do festival de favorecimentos. O escândalo de corrupção no INSS é a prova cabal. As deduções não autorizadas nos pagamentos de milhões de pensionistas, desviaram bilhões para associações e sindicatos. Estes, por sua vez, dividiam os ganhos com funcionários públicos corruptos. O resultado? Um rombo bilionário no bolso dos mais vulneráveis. Apesar da saída do ministro Carlos Lupi, a falta de transparência sobre o tamanho do rombo e a ausência de punições concretas deixam claro: a impunidade reina. E lá estão os bancos novamente, por enquanto, intocados. No entanto, a sombra do escândalo já paira sobre eles, inclusive noticiada pela Veja esta semana. Ninguém movimenta bilhões sem a conivência dos bancos.
No fim das contas, quem sempre sofre é o povo brasileiro. A inflação, alimentada por juros estratosféricos e desordem fiscal, corrói o poder de compra. O desemprego persiste, e o crescimento é sufocado por um governo que prefere gastar sem critério a planejar com responsabilidade. Aposentados lesados pelo INSS não têm a quem recorrer, enquanto banqueiros da Faria Lima festejam lucros recordes. E o futuro do Brasil, representado por seus recursos naturais, é vendido com precinho de ocasião para cobrir os erros de um governo que finge que se preocupa com o povo, mas não sabe dizer “não” aos interesses do mercado financeiro. Bancos seguirão ganhando e o povo seguirá perdendo. A conta nunca vai fechar.