
Wellington Calasans
No Brasil, a falta de liderança eficaz tem levado o país a uma situação em que muitos indivíduos ou grupos buscam assumir o controle, sem necessariamente ter as habilidades, legitimidade ou a visão necessárias para liderar. Foi criada a jabuticaba política, o “Presidencialismos”.
O Brasil deveria ter um Presidente da República, um líder, capaz de unir o país em torno de objetivos nobres. No lugar disso, aquela lorota de “liberdade” dos anos 1980 foi reduzida a uma ditadura com roupinha de “demogracinha” e que prefere que o Hino Nacional seja “Vai passar” do desafinado e beneficiário do caos, Chico Buarque.
Isso tem resultado em uma série de riscos, incluindo a instabilidade política usada como entretenimento, pois são muitos os indivíduos ou grupos competindo pelo poder de entregar as nossas riquezas e ser comissionado.
Assim, a estabilidade política tem sido sistematicamente comprometida, levando a conflitos intermináveis e crises que, mesmo artificialmente produzidos, inviabilizam a prosperidade.
Sem uma liderança clara e eficaz, as decisões são tomadas de forma precipitada ou inadequada pelo presidente de qualquer coisa (STF, BC, etc.) prejudicando o bem-estar da nação. Mais uma vez, não há um projeto para a nação e para o povo brasileiro neste “Presidencialismos”.
A falta de direção decorre da completa ausência de uma liderança forte, tornando difícil alcançar objetivos e metas convergentes com os ideais de liberdade e prosperidade.
A competição desregrada por poder e influência produz conflitos e divisões dentro da sociedade, prejudicando a coesão e a unidade nacional. Além disso, esta falta de liderança eficaz leva a uma perda de confiança na capacidade do governo ou da liderança de governar de forma eficaz.
A expressão “muito cacique para pouco índio” é uma metáfora que ilustra bem essa situação, mostrando que há muitos líderes ou aspirantes a líderes, mas poucos seguidores ou pessoas dispostas a trabalhar juntos para alcançar objetivos comuns, simplesmente porque eles não existem.
Para mudar este cenário é fundamental o surgimento de uma liderança eficaz, que seja capaz de inspirar confiança, tomar decisões informadas e trabalhar para o bem-estar da nação.
Isso exige o fim do improviso, o respeito entre as instituições e o combate ao crime. Enquanto todos tentam ser presidente, vemos que é urgente a promoção de instituições fortes e eficazes, capazes de inspirar o povo a voltar a acreditar na liderança.
Nota para reflexão
Considerando que o narcoestado é um termo utilizado para descrever um país ou um regime político que é fortemente influenciado ou controlado pelo tráfico de drogas e pela criminalidade organizada, algumas das características que podem definir um narcoestado serão apresentadas no meu próximo texto sobre “Presidencialismos”. Será que há ligações entre os presidentes e o tráfico?