
Lorenzo Carrasco
“Esta é a realidade do que está em jogo, o que estamos enfrentando agora, porque, na medida em que estamos hoje mais perto da aniquilação nuclear do que nunca antes, fomentadores de guerras da elite política estão negligentemente fomentando medo e tensões entre potências nucleares”.
A contundente observação e acusação aos manipuladores do poder em Washington, foi feita pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, em um vídeo postado nas redes sociais. A mensagem tem endereço certo: os operadores do Deep State anglo-americano que estão incansavelmente acirrando o ambiente de confrontação com a Rússia na Ucrânia, como visto nos recentes ataques com drones ucranianos a bases de bombardeiros estratégicos russos, que não poderiam ter sido executados sem a participação direta de recursos de inteligência de satélites estadunidenses (leia-se CIA).
Gabbard foi enfática: “Então, cabe a nós, o povo, manifestar-nos e exigir um fim a essa loucura. Nós devemos rejeitar esse caminho para uma guerra nuclear, e trabalhar para um mundo onde ninguém tenha que viver com medo de um holocausto nuclear”.
Ela esteve recentemente em Hiroshima e comentou sobre a experiência: “É difícil para mim encontrar as palavras para expressar o que vi, as histórias que ouvi, a tristeza perturbadora que ainda persiste. Esta é uma experiência que permanecerá para sempre comigo”.
Os comentários de Gabbard, que é a responsável pelos “briefings” diários ao presidente Donald Trump, denotam o fato amplamente reconhecido que o presidente não controla importantes setores do aparato de inteligência e operações clandestinas do Deep State. Mas constituem também uma admissão do altíssimo risco de que esses integrantes do governo paralelo estadunidense não reconhecem mais o fator dissuasório das armas nucleares de uma potência como a Rússia, cuja capacidade atual supera a dos próprios EUA.