
Wellington Calasans
A história das intervenções estrangeiras no Oriente Médio está profundamente ligada à disputa por recursos naturais, especialmente o petróleo.
Um marco inaugural foi o golpe de 1953 no Irã, orquestrado pela CIA e pelo MI6 sob os governos de Dwight Eisenhower (EUA) e Winston Churchill (Reino Unido). Isso nos ajuda a compreender os recentes eventos na região e a constatar a existência de ações continuadas.
O primeiro-ministro iraniano Mohammad Mossadegh, que buscava auditar a Anglo-Iranian Oil Company (propriedade britânica), foi deposto, consolidando o poder do xá Reza Pahlavi como um líder submisso aos interesses ocidentais.
A empresa, rebatizada como British Petroleum (BP), manteve o controle sobre o petróleo iraniano até a Revolução Islâmica de 1979, quando o aiatolá Khomeini nacionalizou os recursos energéticos, expulsando a BP.
Essa dinâmica de exploração colonialista persiste até hoje. Israel, país com poucas reservas de petróleo, tenta expandir seu domínio territorial sobre regiões ricas em recursos.
A destruição da Palestina e a ocupação de partes da Síria, por exemplo, são estratégias para controlar campos petrolíferos. Esqueçam os argumentos inventados por picaretas da fé e sustentados por um messianismo bizarro. Siga o dinheiro, siga o petróleo.
Da mesma forma, o bombardeio ao Líbano — que possui reservas offshore inexploradas — e o apoio à guerra no Iêmen (controlado pelos sauditas) revelam a existência de um padrão: desestabilizar governos para garantir acesso a commodities. Enquanto a imprensa e as ONGs patrocinadas pelos piratas falam sobre “Energia Limpa”.
Os EUA atuam como aliados estratégicos de Israel, usando narrativas de “segurança” para justificar intervenções. Donald Trump, com seu slogan “Make America Great Again“, personifica essa aliança, repetindo táticas históricas da CIA, como golpes e propaganda midiática para demonizar líderes adversários (como o aiatolá).
Paralelamente, figuras como George Soros — acusado de manipular agendas políticas sob o disfarce de filantropia — reforçam a ideia de que conflitos regionais são parte de um “jogo de xadrez” global, onde nações são peões. Tudo é um jogo de poder e dinheiro.
A escalada atual entre Irã e Israel reflete essas tensões históricas. Enquanto o Irã busca retomar seu protagonismo regional, Israel, com apoio ocidental, tenta impedir seu avanço, visando não apenas segurança, mas também o controle de rotas e recursos.
A instabilidade gerada por esses confrontos impacta diretamente os preços globais do petróleo, como ocorreu em 2022, quando conflitos elevaram os custos de commodities. Apesar de previsões de queda nos preços até 2026, a dependência mundial de petróleo mantém a região no centro de disputas geopolíticas.
Em síntese, o Oriente Médio permanece um tabuleiro onde interesses econômicos e políticos se fundem. A repetição de golpes, a demonização de inimigos e a exploração de recursos expõem uma realidade: a paz na região só será possível quando os poderes externos abandonarem a lógica colonialista que há décadas alimenta o caos.
Nota reflexiva
No Brasil, índios fake, pastores picaretas, imprensa vendida, elite estrangeira (com dupla nacionalidade), políticos corruptos, judiciário carcomido, artistas de nível abaixo da crítica, Marina Silva, povo alienado, etc. são alguns dos obstáculos que devem ser superados para que não acabe antes mesmo de começar.