O Papa Leão XIV publicou sua primeira exortação apostólica, na qual explicitamente assume o legado pastoral e social de seu predecessor, Papa Francisco, centrando-se no compromisso da Igreja com os pobres. O título Dilexi Te (“Eu te amei”) é tomado de uma passagem do livro do Apocalipse (Ap 3,9).
Leão XIV explica que Francisco já vinha preparando um documento sobre o cuidado com os pobres nos últimos meses de sua vida, com o mesmo título, e que ele acolhe esse projeto como herança.
Leão XIV reafirma que a Igreja deve fazer uma “opção preferencial pelos pobres” — não como uma simples atitude social, mas como dimensão teológica essencial da fé. Destaca que a condição dos pobres é um “grito” que interpela as sociedades, os sistemas econômicos e a própria Igreja.
O Papa defende que uma Igreja autêntica precisa desprender-se dos bens materiais, adotando um estilo de vida simples e pobre como sinal profético. Ele se inspira em São Francisco de Assis e nas ordens mendicantes do século XIII, ressaltando que a caridade não é opcional, mas “critério do verdadeiro culto”.
Leão XIV ressalta que os pobres não devem ser vistos somente como alvos de assistência, mas como sujeitos capazes de gerar cultura e dignidade própria. Expande a noção de pobreza, incluindo formas como pobreza social, moral, cultural, de direitos, liberdade, entre outras fragilidades.

A exortação dialoga com a tradição bíblica e patrística, e também coloca referência ao pensamento de Santo Agostinho, afirmando que o “pensamento agostiniano permanece uma luz segura”. Leão XIV fala sobre a necessidade de conversão pastoral, para que o serviço aos pobres seja vivido com radicalidade.
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Com informações da Agência Ecclesia.
