
O ataque ao site do TSE foi feito de um celular de 80 euros. É o que revela Zambrius, o líder dos ataques ao site Sputnik Brasil. Ocorrido no dia da votação do primeiro turno, dia 15/11, objetivo do ataque seria demonstrar a vulnerabilidade do sistema do TSE.
“O único objetivo era provar que a segurança do TSE era possível ser penetrada após eles anunciarem que tinham reforçado a segurança. Nós normalmente agimos por [diversão ou protestos]. Mr. Barroso omite informação. Ele tem vindo afirmar que o TSE é seguro, que não existiu nenhuma falha de segurança, mas é mentira, nós invadimos 28 bancos de dados pertencentes ao domínio [https://www.tse.jus.br]. Não tenho computador, todas as minhas atividades, desde que fui detido, são realizadas por um telemóvel [celular] de 50/80 €. O impacto podia ser muito, mas muito maior se eu tivesse um computador”, disse Zambrius, que já foi preso em Portugal por ataques cibernéticos a diversos sites.
O Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, disse que o vazamento ocorreu de dados relativos a 2001 a 2010, e que, por isso, o sistema resistiu incólume. De fato, as informações vazadas, por si só, não comprometem e nem estão ligadas às eleições, mas mostram, sim, as vulnerabilidades do sistema de dados do TSE.
Neste primeiro turno, o TSE centralizou todo o processo de apuração dos votos, que ficou atrasado devido a um suposto problema no equipamento que iria lançar os dados. As informações sobre votos são armazenadas em um serviço de nuvem fornecido por uma empresa estadunidense, a Oracle, contratada, neste ano, sem licitação.
Por sua vez, Barroso vem se mostrando um adversário do voto impresso, apesar de alguns projetos tramitarem no Congresso Nacional com fins a estabelecer o voto impresso no sistema de votação eletrônica. Contudo, gosta de assumir o papel de legislador, pois para ele, um juiz do Supremo deve ter o papel “iluminista” de definir os parâmetros do jogo democrático, apesar dessa posição se assemelhar mais a de um “déspota esclarecido”.
Para as próximas eleições, em 2022, propõe até a adoção do voto por aplicativo, aproveitando o clima “fique em casa” tornado rotina desde o início da pandemia. Muita fé na tecnologia, a despeito dos contratempos que vem surgindo nesta eleição. Até mesmo porque a grande mídia, apesar dos indícios, prefere tachar o questionamento a respeito de possíveis fraudes eletrônicas como “teorias conspiratórias”, próprias de broncos seguidores de Trump e Bolsonaro.
Com informações Sputnik Brasil