O Ministro Paulo Guedes negou a abertura de créditos extraordinários, no valor de R$ 500 milhões, para a compra de duas aeronaves KC-X2 A330, a pedido do Ministério da Defesa. Este alega que elas seriam usadas no combate à pandemia do Covid-19, uma vez que as aeronaves teriam capacidade para transportar centenas de cilindros de oxigênio, várias UTI´s móveis e dezenas de assentos para equipes médicas – sobretudo para auxiliar a atuação na Região Amazônica, fortemente impactada.
Os recursos seriam obtidos pela abertura de créditos extraordinários, instrumento orçamentário que permite ao governo cobrir despesas não previstas, decorrentes de calamidades públicas. Para tal, o governo poderia emitir medida provisória, já que o orçamento da União para 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional.
Diz o site Defesanet, ligado às Forças Armadas, em nota:
“A decisão é a confirmação do baque e só demonstra a atual posição agressiva e de total desconsideração, do Ministro Paulo Guedes e seus Guedes´ Boys, para com a área de Defesa. Repetem a posição da área financeira do Brasil que tem pânico dos militares pelas ideias desenvolvementistas. Para eles Guedes é o ‘Guardião do Imobilismo’. Não se sabe qual a posição do Presidente Bolsonaro, se pactua com estas decisões ou é constrangido a aceita-las.”
O Comando Geral de Apoio da Aeronáutica disse que vai tentar outras formas de obtenção dos recursos necessários para a compra dos aviões. A compra fora anunciada durante uma transmissão em rede social do Presidente Jair Bolsonaro, ainda em janeiro.