Por Carlos Velasco.
Há cerca de um mês escrevi umas notas sobre a então “Crise da Ucrânia” aqui no Puro Sangue. Recomendo a sua leitura para facilitar a compreensão da minha perspectiva, que acredito ser, apesar de invulgar, útil. Diante da evolução dos últimos dias, e da desorientação generalizada, resolvi escrevi umas poucas notas sobre o que agora passou a ser a Guerra da Ucrânia. Vamos a isso:
1 – A invasão da Ucrânia não era desejada pela Rússia, apesar desta estar preparada para tal desfecho desde, pelo menos, 2014 (tudo me leva a crer que o interregno Trump adiou esta possibilidade), mas era o objetivo do Ocidente. Não fosse assim, Washington, Bruxelas e Londres não teriam incentivado Zelensky a provocar os russos, começando por declarações de intenção em prol do rearmamento nuclear(!), passando pela manifestação da vontade de entrar na NATO/OTAN e acabando mesmo em ataques de morteiro e ações de sabotagem de comandos ucranianos dentro das fronteiras russas. Ao mesmo tempo em que isso acontecia, a Casa Branca afirmava que não colocaria homens no terreno. Mais claro, impossível.
2 – Não haverá uma guerra de guerrilha na Ucrânia, ao menos do tipo que seria possível no Afeganistão, devido à configuração do terreno. Mesmo nas poucas áreas montanhosas à oeste os russos não terão grandes dificuldades devido à experiência adquirida no Afeganistão e na Chechénia, para além da disponibilidade de tropas especializadas neste tipo de guerra (os chechenos de Kadyrov). O mais provável é que comandos treinados no âmbito da pouco conhecida Operação Left Behind, uma estratégia de “stay behind” sucessora da “Operação Gládio”, façam acções pontuais de sabotagem e terrorismo para manter o máximo número de tropas russas ocupadas no terreno.
3 – Kiev, com a sua população civil, será usada como “cannon fodder”. O governo de Zelensky não se renderá e sacrificará o maior número possível dos seus cidadãos, criando o máximo de confusão para dificultar a distinção entre civis e militares, dando força à narrativa anti-russa na opinião pública ocidental. Milhares de câmaras devem estar espalhadas e preparadas em todos os pontos da capital ucraniana para bombardear o público ocidental com imagens que inspirem o terror e o ódio anti-russo.
4- Os governos ocidentais, acuados por movimentos como o dos coletes amarelos franceses e os bloqueios dos caminhoneiros canadenses, ainda mais agora que começa a primavera, usarão o pretexto da guerra para estabelecer a censura total nos seus domínios e para limpar os quadros superiores das suas forças armadas, ocupando-as com oficiais totalmente coniventes com a política atualmente seguida. Lembrem que oficiais de alta patente têm dado sinais de descontentamento nos EUA e na França, além do que o soldado comum está cansado das intermináveis guerras que desgastam o Ocidente, nunca alcançam o êxito mas, invariavelmente, enchem os cofres dos fundos de investimento e concentram ainda mais poderes nas mãos das elites transnacionais. Pensem na evolução do mundo desde o 11 de Setembro.
5 – O exército designado para a intervenção na Ucrânia compreende todas as forças russas capazes de atuar com rapidez fora das suas fronteiras. Enquanto estiverem ocupadas na Ucrânia, a NATO/OTAN – e/ou os seus “proxies” – terá carta branca para agir. Há relatos de colunas russas paradas devido à falta de suprimentos, o que prova que a capacidade logística russa está no limite. Minha aposta é que haverá um aumento da pressão na Síria.
6 – As sanções visam, claramente, embaraçar Putin e alienar toda a classe endinheirada do seu regime. É óbvio que desejam despoletar uma Primavera russa. Se Putin sofrer uma derrota no cenário externo, como na Síria, a sua maior fonte de apoio entre o povo, a bem-sucedida política externa em defesa do interesse nacional, será embaraçado e parte dos russos começará a questionar a sua liderança, tanto entre os mais “pró-ocidente” como, especialmente, entre os mais “linha dura”. Mas isto, se acontecer, só aumentará as tendências a uma “desliberalização” russa e, consequentemente, o fosso ideológico que separa Moscou do cosidetto mundo livre será alargado.
7 – A China não invadirá Taiwan. Taiwan – e voltarei a escrever sobre o assunto – se integrará à China sem nenhuma guerra. A questão fundamental, ao meu ver, diz respeito ao grau de entendimento entre as elites taiwanesas, especialmente no Kuomintang, e o Partido Comunista Chinês. Abordarei o assunto na próxima parte do artigo “Nebel des Krieges”.
8 – Só teremos paz com a Rússia a longo prazo se os patetas que actualmente mandam em Washington, Londres e Bruxelas forem derrubados e substituídos por lideranças pragmáticas e que se coloquem contra toda a oligarquia, hoje mais coesa do que nunca por via dos grandes fundos de investimento e da solidariedade de classe forjada pelo crescente sentimento de cerco da parte dos que vivem isolados em Davos e Monte Carlo, favorecendo a velha política de equilíbrio de poder e as concepções vestfalianas nas relações internacionais em detrimento do espírito de cruzada pós-moderno favorecido por republicanos neo-cons, democratas imperialistas e pela maior parte da “elite euro-atlântica”.
9- Zelensky é um criminoso de guerra, um traidor do próprio povo. Em nome de interesses estrangeiros, de certo seguro da tradicional garantia de exílio na Côte d’Azur e de conta bancária na Suíça, não vai fazer o que qualquer chefe de estado racional e interessado na paz faria caso tivesse caído, por descuido, na armadilha da guerra: pedir trégua e abrir negociações. Não faz sentido continuar este conflito. A queda de Kiev é uma questão de tempo e não vai alterar o resultado da guerra, ou melhor, o desfecho inevitável só vai aumentar a força negocial russa nas conversas futuras.
10 – Para terminar, desejo expressar a minha decepção para com o Itamaraty, que perdeu uma oportunidade única para fazer a diferença numa grande questão internacional, na melhor das hipóteses, ou, pelo menos, mostrar ao mundo que o Brasil é uma nação adulta, responsável e capaz de jogar o “Grande Jogo”. O timing da visita presidencial era perfeito para o lançamento da proposta de uma Conferência Internacional de Paz, podendo ter uma cidade brasileira como palco (o Rio de Janeiro seria o cenário ideal), com a oferta de tropas para uma missão de paz e de formação de um grupo de observadores internacionais para acompanhar a evolução da situação no terreno e impedir os choques directos. O Brasil poderia convidar países com uma posição de relativa equidistância em relação aos atores diretamente envolvidos, como a Índia e a Indonésia, para a tal missão, além de várias nações africanas como a Nigéria, Angola e a África do Sul, o que aumentaria o seu soft power na África sub-saariana. Tanto no caso da proposta ser aceite como no caso de ser refutada, o nosso soft power teria sido incrementado de uma forma extraordinária. No caso de ser aceite, teríamos evitado uma grave crise internacional. No caso de ser refutada, os eventos subsequentes mostrariam a sabedoria da posição brasileira. Ao invés disso, desperdiçamos uma oportunidade única ao melhor estilo “diplomacia do futebol”. Nosso presidente, mais uma vez, fez o papel do meme “Ronaldinho numa situação aleatória”. Parece que o dano causado pelo lafers, amorins e araújos da vida apagou de vez o brilho do velho Itamaraty do Barão do Rio Branco. Os historiadores do futuro não perdoarão tal erro!
Sempre acompanhei o blog do Sr. Velasco. Por isso vou responder ao texto com “outro texto”.
Era óbvio que ia terminar em guerra, era isso que o governo estadunidense queria. O Ocidente achou que “valia tudo” contra a Rússia e começou a apoiar Grupos Nazistas, começou uma campanha de russofobia, que foi a causa da independência das repúblicas. O ocidente também ignorou a perseguição e os assassinatos de opositores do regime nazista ucraniano.
O Ocidente deu ordem aos Nazistas ucranianos para provocar a Rússia, atacando as repúblicas (Donetsk e Lugansk) e o território russo, até começar uma guerra. A Rússia não queria guerra. O reconhecimento das repúblicas foi um gesto extremo, a Rússia literalmente “mandou parar” com as provocações e ainda assim elas continuaram. O governo estadunidense é o único responsável pela guerra, já que manda no governo fantoche da Ucrânia.
Os Nazistas ucranianos odeiam a Rússia e o povo russo. Os russos consideram o povo ucraniano um povo irmão.
O Ocidente achava (com base nas informações que tinham) que 100% da população ucraniana era nazi fascista por isso a resistência seria enorme. Os russos sabiam (com base nas informações que tinham) que menos de 40% da população ucraniana era nazi fascista. Uma minoria barulhenta e organizada que foi até mesmo capaz de dar um golpe em 2014 e permanecer no poder tiranizando o restante da população.
Isso explica o desespero do Ocidente diante da realidade, tão diferente da “imagem mental” que tinham. Os ocidentais estão agindo de maneira histérica.
Vou fazer aquela famosa piada sobre os espiões portugueses… Os espiões russos disseram a verdade, os espiões ocidentais “mentiram para ganhar mais dinheiro”.
Até mesmo o tanque ucraniano que atropelou um veiculo civil que estava deixando a cidade, como se fosse um desertor, foi tratado pela mídia ocidental como um tanque russo. Estão fazendo propaganda contra Rússia com mentiras.
Os ocidentais são obcecados em impor o “discurso único”. Toda a mídia ocidental é controlada pelos banqueiros sionistas. Realmente é uma piada, são 1000 jornais dizendo exatamente a mesma coisa.
A Rússia ainda tem capacidade de abrir novas frentes, se necessário. As tropas de retaguarda só estavam mantendo a distância da linha de frente. Nem muito perto, nem muito longe.
As sanções vão prejudicar mais a Europa do que a Rússia. Os europeus não tem cérebro, apenas obedecem os gringos.
Realmente é o mais provável, mas é possível que eles entrem no “vale tudo” contra a China. Eles foram cooptados pelo Ocidente.
A verdade é que “eles” não querem viver em paz e não querem que o mundo tenha paz. Quem manda no Ocidente são os reptilianos. Não gosto de citar “teorias da conspiração”, mas o caráter da elite que manda no Ocidente é tão monstruoso que não consigo acreditar que eles sejam realmente humanos. Eles já demonstraram o desprezo deles pela humanidade inúmeras vezes.
Ele está cometendo diversos crimes de guerra. Ele é um sionista, ele só quer roubar o que puder e ir embora. Ele não se importa com a Ucrânia e nem com o povo ucraniano. Ele é um entreguista, nesse aspecto todos os direitistas (nazistas, fascista e sionistas) são iguais.
Ele é um palhaço sem graça, um bandido desqualificado. Ele não tem cérebro, apenas está fazendo o que os ocidentais mandam.
Ele deve ser capturado pelos russos e ir para a cadeia ou ser justiçado pelo próprio povo, milicias.
A Rússia fez todo o possível para evitar essa guerra, pelas vias diplomáticas.
O Brasil, perdeu até mesmo o status de potencia regional depois do golpe de 2016. As duas coisas que despertaram o ódio dos gringos pelo Brasil e motivaram o golpe foram? A tentativa do Brasil, junto com a Turquia, de fazer um acordo nuclear com o Irã. O Brasil não ter sido afetado pela crise de 2008, foi realmente só uma marolinha.
A Turquia também sofreu uma tentativa de golpe em 2016.
Os diplomatas da direita (PSDB e Bozo) são todos fascistas com complexo de vira-latas. Eles são gente sem cérebro, por isso só querem saber de obedecer os gringos, não conseguem pensar com a própria cabeça.
Os diplomatas ligados ao PT são todos americanófilos e deslumbrados. O Amorim e o Patriota são duas nulidades.