
Por Movimento de Solidariedade Iberoamericana.
A percepção geral sobre temas ambientais no Brasil tem sido marcada por quatro fatores:
1) credulidade;
2) desconhecimento dos problemas reais;
3) subserviência/acomodação às pressões do exterior (beirando o servilismo);
4) oportunismo quanto às “esmolas verdes” estrangeiras.
Nenhum país realmente soberano pode depender de recursos externos para as suas políticas públicas. No caso do Brasil, esta tem sido a regra, desde o PPG-7 ao Fundo Amazônia, passando pelas migalhas da GIZ alemã e da USAID dos EUA. Com o dinheiro, vêm as pressões.
Tudo isso esteve presente na visita a Brasília do enviado especial para o clima dos EUA, John Kerry, onde se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros (Meio Ambiente, Povos Indígenas e Agricultura) e outras autoridades.
Resultado prático: zero. Nem mesmo o esperado aporte ao Fundo Amazônia, apenas uma transferência de responsabilidade ao Congresso dos EUA e promessas vagas de “recursos privados” e “cooperação tecnológica”.
Mas o Brasil teima em manter os seus “compromissos” pelo clima global, ainda que à custa de restrições inaceitáveis ao seu desenvolvimento, principalmente quanto a projetos e obras de infraestrutura. É o único país que precisa pedir licença ao mundo para asfaltar uma rodovia.
Foto: Evaristo Sá/AFP