UE adotará sanções contra a Rússia em nível global

Da RT.

A Comissão Europeia propôs estender as restrições comerciais antirrussas a empresas de uma ampla gama de países que fazem negócios com Moscou, incluindo a China e os Emirados Árabes Unidos, informou a Bloomberg na segunda-feira, citando documentos.

A medida terá como alvo cerca de 35 empresas na China continental e em Hong Kong, além de outras no Uzbequistão, na Armênia e nos Emirados Árabes Unidos, por supostamente fornecerem apoio ao complexo industrial militar da Rússia.

O poder executivo do bloco pediu “restrições de exportação mais rígidas em relação a bens e tecnologias de uso dual, bem como bens e tecnologias que possam contribuir para o aprimoramento tecnológico do setor de defesa e segurança da Rússia”.

A lista supostamente inclui várias empresas iranianas que já foram alvo de sanções da UE, por supostamente fornecerem drones a Moscou, bem como centenas de empresas russas.

Os legisladores dos 27 estados-membros da UE devem discutir o que é visto como o 11º pacote de sanções anti-Rússia do bloco em 10 de maio. Espera-se que as novas penalidades incluam medidas para evitar táticas de evasão usadas contra as medidas introduzidas anteriormente.

No início desta semana, o Financial Times informou que as autoridades da UE propuseram a inclusão de duas empresas da China continental – 3HC Semiconductors e King-Pai Technology – e cinco de Hong Kong, incluindo Sinno Electronics, Sigma Technology, Asia Pacific Links, Tordan Industry e Alpha Trading Investments na lista de entidades sujeitas a restrições comerciais.

Ao comentar a notícia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que Pequim se opõe a quaisquer medidas que usem as relações China-Rússia como pretexto para prejudicar a cooperação comercial. O funcionário advertiu que as autoridades chinesas tomarão medidas firmes para salvaguardar os interesses da nação, caso sejam impostas sanções.

Foto: Global Look Press / Philipp von Ditfurth