
Não quero ser do contra e nem estraga prazeres, mas tirar o PPI na formação de preços dos derivados da Petrobrás, e em seu lugar criar uma formula mágica onde o cidadão brasileiro não se beneficie do Brasil ter autonomia de produção de petróleo, redunda em nada.
Lembrando que só não possuímos autonomia no refino graças a políticas entreguistas, doações de refinarias e uma corrupção sistêmica e generalizada na implementação de novas unidades, isso será talvez o arcabouço burocrático para tudo mudar para não mudar nada.
Criar uma política nacional onde o custo baixo do nosso petróleo não seja repassado imediatamente ao consumidor final é apenas uma prática midiática e sem efeito prático algum sobre a economia real.
Até porque nos últimos meses nem o PPI era obedecido, estamos hoje sob a égide de um PPI plus, ou PPI caolho, onde a queda do preço do petróleo, derivados e até da desvalorização do dólar resultou em aumento de preços e não a sua queda.
O Brasil tem um custo de extração do petróleo como matéria prima que corresponde a em média um terço do preço do barril médio internacional, o que deveria aliviar o preço na bomba imediatamente em ao menos 20 a 30%, pois a nossa produção é totalmente autossuficiente.
Se o nosso refino não dá conta da demanda deveríamos questionar a bela iniciativa privada, que diz que construir refinarias não é um “bom negócio”, deixando essa bilionária atividade de investimento para o poder público. A iniciativa privada só demonstra interesse em adquiri-las montadas, funcionando com nichos de mercado, com monopólio regional garantido e de preferência compradas por dez por cento do seu valor de mercado.
Parece que o mercado se contenta em tirar o PPI e criar uma formula mágica onde o cidadão brasileiro não se beneficie do Brasil ter autonomia de produção de petróleo.
Desejo como consultor na área de petróleo e energia que o fim do PPI redundasse em baixa imediata nos derivados, que isso servisse para desafogar a pressão inflacionária e ao mesmo tempo aumentasse a oferta de emprego.
Porém as práticas reais da economia neste governo e no anterior não nos leva a vislumbrar um cenário favorável, aguardarei o desenrolar dos dias para um diagnóstico definitivo para não parecer ácido ou revanchista.
Aguardemos.
Rubem Gonzalez
Efetivamente, essa é uma questão séria, que deve ser questionada por todos, o dólar está despencando e nada dessa retração cambial foi repassado para os preços dos combustíveis, muda-se a regra e se propaga redução de 8 a 12% que serão absorvidos pelo retorno dos impostos.
O governo precisa pegar nas redias dessa empresa, que afinal ainda está sequestrada pelos cupinchas do capital rentista predatório.