
O empobrecido e pequeno estado sul-americano da Guiana está no meio de um épico boom do petróleo que viu a ex-colônia britânica emergir como a região de perfuração offshore mais quente da fronteira.
A produção de petróleo da Guiana se expandiu em um ritmo impressionante, crescendo de menos de 100.000 barris por dia no início de 2020 para quase 400.000 barris por dia até o final de março de 2023.
O boom do petróleo da Guiana continuará ganhando força por pelo menos mais uma década, com o país a caminho de bombear 1,2 milhão de barris por dia até 2027.
A exploração de petróleo está sendo conduzida pela Exxon Mobil dos EUA em consórcio com a também estadunidense Hess Petroleum e a estatal chinesa CNOOC. Isso dotou a Exxon e seus parceiros com recursos de petróleo estimados em mais de 11 bilhões de barris, na bacia Stabroek Block.
A gigante de energia continua a priorizar o desenvolvimento do prolífico Stabroek Block, comprometendo-se a investir US$ 12,7 bilhões no projeto Uaru, a quinta operação desse tipo a ser desenvolvida pela Exxon no bloco, que contará 10 centros de perfuração com 44 poços de produção e injeção visando mais de 800 milhões de barris de recursos de petróleo. Prevê-se que Uaru inicie a produção em 2026 com capacidade para bombear 250.000 barris de petróleo por dia.

O petróleo do Stabroek Block está gerando uma tremenda colheita financeira para Georgetown. De acordo com o banco central da Guiana, os royalties e lucros do petróleo geraram US$ 201,5 milhões apenas em abril de 2023. O Ministério das Finanças previu em janeiro de 2023 que os royalties e lucros do petróleo combinados da Guiana para o ano totalizariam US$ 1,63 bilhão, o que representa um aumento de 31% em relação a 2022.
O valor dos royalties e do lucro repassado para o governo local representa uma pequena fração em relação às imensas receitas produzidas pela exploração do petróleo. Até porque, diferentemente do Brasil, a Guiana não tem empresas de petróleo, dependendo de grandes empresas estrangeiras, como a Exxon, para explorá-lo, ainda que na mesma bacia que costeia o Amapá.
Com informações AEPET.
Pois é, o bloco explorado encontra-se a distâncias do litoral idênticas às do Bloco 59, onde o Ibama se aferra em impedir a perfuração para verificar a sua viabilidade comercial. A corrente marinha predominante é a mesma, e não consta que a Venezuela, Trinidad e Tobago ou alguma das Pequenas Antilhas, que ficam “corrente abaixo” da Guiana, estejam protestando. Só mesmo neste País de desinformados, ingênuos e mal-intencionados, que insistem em disputar com juniores a “Premier League” da geopolítica global.