
Do Movimento de Solidariedade Ibero-americana.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, protagonizou um fiasco diplomático em sua visita ao Brasil, na companhia de seu colega da pasta do Trabalho, Hubertus Heil. Além de não ir além de declarações vazias e platitudes, ela fez um discurso desastroso em São Paulo, que obrigou aos habituais esclarecimentos oficiais de que havia sido “mal interpretada”, tanto da embaixada alemã em Brasília como do Itamaraty.
Para começar, ela não foi recebida por sua contraparte, o chanceler Mauro Vieira, que se encontrava fora do País e delegou a tarefa à secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha. A única outra autoridade com quem se reuniu foi a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em cuja companhia manifestou o obrigatório apoio alemão à política de preservação da floresta amazônica.
Quanto à intenção de influenciar uma mudança na posição brasileira de neutralidade em relação ao conflito ucraniano, o fracasso ficou evidenciado no mico que protagonizou em São Paulo, onde fez um discurso na Fundação Getúlio Vargas. Ali, fingiu condescendência sobre a posição do Brasil, mas a justificou com um pretexto que desafia adjetivos adequados: “Gostaria de dizer claramente: compreendo perfeitamente que vocês aqui na América Latina percebam a ameaça desta guerra de maneira diferente de nós na Europa. Já ouvi em todo o mundo: em primeiro lugar, ‘onde vocês estavam quando precisávamos de vocês?’ Mas também ‘onde fica mesmo a Ucrânia? Compreendo perfeitamente que uma mãe do Itaquera [bairro de São Paulo] ou de Campinas diga: ‘Para mim, o preço do arroz e do feijão no supermercado nesta semana é mais importante do que o que acontece em um país a 11 mil quilômetros de distância’ (Sputnik Brasil, 09/06/2023).”
Em um comentário no canal Arte da Guerra, o capitão-de-fragata Robinson Farinazzo (RRm) disse que Baerbock “saiu do Brasil de mãos abanando” e disparou: “O Ocidente investiu US$ 124 bilhões e reuniram uma coalizão de 28 países que estão contra a Rússia, enviando todo tipo de armamento, mercenários, satélites e, mesmo assim, não resolvem o problema. E agora estão tentando empurrar o problema para o Brasil? Tenha dó… Os problemas da Europa não são os problemas do mundo. Essa gente metida, de nariz empinado tem que entender isso.”
A mídia independente alemã não deixou escapar os dissabores da sua ministra. No sítio Nachdenkseiten, um dos raros a desafiar a ortodoxia prevalecente na mídia local, o ferino jornalista Jens Berger assinalou: “O que você faz quando a impopular titia de Berlim anuncia uma visita? Claro, de repente, você tem compromissos importantes que não podem ser adiados ou, infelizmente, está longe de casa. Foi o que aconteceu ontem no Brasil. O presidente [Luiz Inácio] Lula da Silva, subitamente, tinha compromissos importantes, a contraparte de Baerbock, [chanceler] Mauro Vieira, tinha outro compromisso urgente… Tempo para a ministra das Relações Exteriores alemã, que definitivamente queria dar aos ingratos brasileiros a perspectiva alemã sobre a guerra na Ucrânia e o mundo… Pelo menos, Baerbock pode tirar algumas fotos com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Isto deu certo, mesmo que Silva não tivesse quase nada a dizer – na política externa feminista, os símbolos são especialmente importantes para o seu eleitorado. Alemanha zero ponto (Nachdenkseiten, 08/06/2023).”
A passagem de Baerbock pelo Brasil denota o derretimento diplomático da a Alemanha, ao mesmo tempo em que o governo de Scholz, subserviente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e os EUA, faz água ao ritmo da recessão que caiu sobre a economia, levando com ela o resto da União Europeia.
Assine o Jornal de Solidariedade Ibero-americana.
Esses brasileiros que supostamente lutaram na Ucrânia foram só tirar fotos e voltaram. Eles não lutaram.
Um foi para lá conhecer a Floresta Torta (Krzywy Las) na Polônia e outro foi visitar a Floresta Amaldiçoada (Hoia Baciu) na Romênia.
Na direita brasileira só tem imbecis (analfabetos funcionais com a parede cheia de diplomas), basta dizer o que eles querem ouvir e eles acreditam.
Essa mulher idiota é uma identitária.
Ela acha que “todo mundo” se preocupa com problemas de gente branca (White People Problems) e ao mesmo tempo acha que os problemas das pessoas normais (gente comum, o povo) são apenas bobagens.