Por Movimento de Solidariedade Íbero-americana.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, acaba de anunciar um adiamento das medidas necessárias para a pretendida meta de “carbono zero” para 2050. Entre elas, o adiamento de 2030 para 2035 do banimento das vendas de novos veículos de combustão interna, a flexibilização da proibição de uso de aquecedores a gás após 2035, o abandono das restrições às viagens aéreas e de impostos sobre a carne e outras medidas altamente impopulares que constavam da agenda “verde” do governo britânico.
Em um discurso no Parlamento, antecipado devido ao vazamento do plano pela BBC, Sunak afirmou que a medida visa a proteger “famílias britânicas pressionadas por custos inaceitáveis”. Diante da gritaria dos “verdes” britânicos e seus aliados, coube à secretária do Interior, Suella Braverman, ressaltar que “nós não vamos salvar o planeta arruinando o povo britânico”. De fato, embora Sunak tenha anunciado apenas um adiamento dos ambiciosos planos britânicos, tudo indica que, cedo ou tarde, haverá um “Green Brexit”. A iniciativa britânica ocorre em meio às crescentes preocupações, em vários países europeus, com os enormes prejuízos causados pela mal planejada e pior executada busca pelo “carbono zero”, como na
Alemanha, França, Itália e outros.
Enquanto isso, na contramão daquelas potências industrializadas, o governo do presidente Lula
parece enfeitiçado pelo seu próprio sortilégio da “transformação ecológica”, que ele e sua
comitiva foram vender em Nova York, no empenho de atrair investimentos “verdes” para o
Brasil. Ainda dá tempo de acordar.