As forças policiais russas alegam ter prendido quatro terroristas diretamente envolvidos no ataque a um centro cívico nos arredores de Moscou. Os quatro foram presos na região de Bryansk, no caminho entre a capital russa e a fronteira ucraniana. Confirmando-se a informação, trata-se de um indício de participação ucraniana no atentado, apesar dos rumores de que algum ramo do Exército Islâmico (ISIS) fosse responsável pelo ataque. De acordo com a mídia russa, os quatro seriam de nacionalidade tadjique (Tadjiquistão).
Os ataques deixaram mais de 60 mortos e mais de 100 feridos. Civis foram executados a tiros de fuzil a sangue frio e parte do Centro Cívico Crocus foi incendiado pelos perpetrantes do atentado.
Circula um vídeo em que um dos detidos aparece ajoelhado, sendo interrogado no local pelas forças policias. Diz que recebeu meio milhão de rublos para “matar pessoas”, através de um chamado pelo aplicativo Telegram. O mesmo diz que teria chegado à Rússia vindo da Turquia.
Em pronunciamento após os ataques, o presidente Vladimir Putin afirmou que em Moscou e outras regiões da Rússia foram introduzidas medidas antiterroristas adicionais e que, além dos quatro já citados, mais sete foram presos por envolvimento no atentado. Também que todos os envolvidos serão punidos exemplarmente e comparou o método de ataque dos terroristas ao dos nazistas, atirando a esmo com armas de guerra em civis desarmados.
Um fato que chama a atenção, contudo, é o fato de Embaixada dos EUA ter emitido um alerta, no dia 7 de março, para que seus cidadãos evitassem, nas próximas 48 horas, grandes aglomerações, como apresentações musicais. E foi justamente em show de uma banda de rock que aconteceu o atentado de ontem.
Por sua vez, uma matéria da agência France Press, de 31 de janeiro, mostra Victoria Nuland advertindo a Rússia de que iria encontrar “surpresas” no campo de batalha. Nuland, fortemente ligada ao apoio dos EUA ao regime de Kiev, foi demitida da função de vice-secretária no Departamento de Estado.