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Registros mostram pouca importância dos bancos e dos EUA a avisos de irregularidades.
Uma investigação de 16 meses realizada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), BuzzFeed News e 108 veículos da mídia em 88 países descobriu que o HSBC forneceu serviços bancários a supostos criminosos, golpistas de Ponzi, empresas de fachada vinculadas a fundos governamentais saqueados e intermediários financeiros para drogas traficantes.
Registros vazados mostram que o HSBC processou pelo menos US$ 31 milhões, entre 2014 e 2015, para empresas que posteriormente revelaram ter movido fundos roubados do governo do Brasil.
A investigação, chamada FinCEN, descobriu que a filial altamente lucrativa do HSBC em Hong Kong (cerca de metade dos lucros do banco, nascido no século 19 então protetorado britânico e hoje com sede em Londres, vem de lá) desempenhou um papel fundamental em manter o fluxo de dinheiro sujo.
FinCEN é a sigla do escritório de inteligência dentro do Departamento do Tesouro dos EUA, conhecido como Financial Crimes Enforcement Network. Os jornalistas alertam que relatórios de atividades suspeitas refletem as preocupações dos vigilantes dos bancos e não são necessariamente evidências de qualquer conduta criminosa ou transgressão. Os arquivos contêm informações sobre transações datadas entre aos anos 2000 e 2017 que foram sinalizadas por instituições financeiras como suspeitas para as autoridades dos Estados Unidos, conhecidas pela sigla SAR. Os dados envolvem US$ 2 trilhões em transações.
Em nota ao ICIJ, o HSBC defendeu as mudanças que o banco fez sob a supervisão a partir de 2012. “O HSBC é uma instituição muito mais segura do que era em 2012.”
Alexis Grullon, ex-diretor de conformidade que monitorou atividades suspeitas internacionais nos escritórios do HSBC em Nova York de novembro de 2012 a agosto de 2014, disse aos jornalistas que um componente-chave de seu trabalho era enviar SARs ao governo federal, mas que os relatórios pouco faziam para impedir as atividades suspeitas dos clientes. “Por que estamos arquivando SARs?” Grullon se lembra de ter se perguntado. “A conta ainda está aberta. Nada está realmente sendo feito.”
As ações do HSBC na Bolsa de Hong Kong atingiram nesta segunda-feira o menor valor desde 1995.
Com informações Monitor Digital
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A CVM dizer que é independente e se posta de forma atenta contra ela mesma. Tal assertivo contraria essa suposta independência, pois ela nada observou do que acontecia com a Petrobras no tenebroso episódio do Petrolão, não faz muito tempo. Ela só veio a atuar, e de maneira amena, quando a empresa já estava quase falida. Basta ler os jornais de 2008 a 2014 para constatar que seria praticamente impossível qualquer empresa, mesmo querendo, praticar tantos ilícitos societários como os colocados em prática por gestores e Diretores da Petrobras no que podemos qualificar como acontecimentos inacreditáveis. Se uma máfia houvesse de ser constituída em uma empresa estatal e tivesse conquistado uma espécie de Oscar por práticas criminosas, este Oscar seria destinado sem contestação a estatal Petroleira naquela oportunidade. Mas recentemente, o que não faltou na CVM foi constatar irregularidades e abusos de controladores para prejudicar minoritários, inclusive e principalmente, no nível mais alto de governança da B3. A atuação pretérita da CVM antes desses casos mais recentes foi sempre muito decepcionante, de forma que a sentença arbitral que reconheceu direito a indenização para a Petros e Previ contra a Petrobras é no mínimo o que se pode admitir, ainda mais quando a empresa, afastando de todos os princípios insculpidos no seu código de ética ou de conduta aceitou ressarcir os investidores americanos em idêntica situação. Observamos assim uma empresa estatal brasileira afirmar que os investidores americanos devem ser mais respeitados que os brasileiros. Um verdadeiro acinte ou deboche contra os cidadãos brasileiros. O que justifica um começo de semana tão turbulento e pessimista como observamos no dia de hoje (21/09/2020) foram notícias de novos problemas envolvendo grandes bancos europeus e americanos com o crime organizado cumulado com lavagem de dinheiro. Apesar de a notícia não ser nova, o envolvimento de grandes bancos com lavagem e movimentação de dinheiro de origem ilícita tem potencial desestabilizador nas cotações. Uma reportagem publicada no domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos,ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists) mostrou que cinco instituições financeiras de grande porte desafiaram as restrições e controles americanos e movimentaram “quantias impressionantes” de dinheiro para organizações criminosas e governantes corruptos entre 1999 e 2017. Os bancos envolvidos são os americanos JP Morgan e Bank of New York Mellon, os ingleses HSBC e Standard Chartered e o alemão Deutsche Bank. Enquanto aguardam as movimentações das autoridades, os investidores na Europa e nos Estados Unidos vendem as ações dos bancos, o que derruba os índices ao redor do mundo. No início da manhã, as ações do HSBC caíam mais de 5 por cento e as do Standard Chartered recuavam mais de 4 por cento. Notamos assim que somente a Petrobras resolveu acerta as contas com os EUA na Action Class no episódio do Petrolão, favorecendo os fundos abutres naquele pais. Aos banqueiros internacionais os EUA não foram tão incisivos quanto foram com a Petrobras. As acusações direcionadas as grandes instituições bancárias internacionais relacionado a envolvimento com o crime organizado e lavagem de dinheiro não são novas. O HSBC foi um dos principais envolvidos no escândalo dos “Panama Papers” em 2017. No entanto, notamos a mídia noticiar recentemente que os bancos prosseguiram com práticas irregulares apesar do endurecimento das regras e dos controles americanos, sem observarmos as devidas punições impostas pelos EUA, que deveriam ser potencialmente mais severas que aquelas impostas a Petrobras por cometimento de crime de menor envergadura no arbitramento da Action Class. Isso ocorre em um momento de fragilidade do sistema financeiro europeu, que vem estimulando fusões e consolidações em todo o mundo. Na Espanha, Caixabank e Bankia confirmaram as tratativas para unificar suas atividades, ao passo que, na Suíça, UBS e Crédit Suisse também podem se unir. Para acrescentar uma dose extra de incerteza, as contaminações pelo coronavírus voltaram a subir na Europa, especialmente na França, Espanha e Inglaterra, o que pode comprometer a retomada da economia mundial tão debilitada pela Pandemia.