A Weg vem se firmando como um dos maiores grupos industriais do Brasil. Sediada em Santa Catarina, vem apresentando resultados financeiros sólidos e expansão nas vendas. Hoje, é uma das únicas empresas de capital nacional com atuação internacional na fabricação de motores. Apesar de ter ações negociadas na Bovespa desde 1971, dois terços do capital ainda estão sob controle dos descendentes dos três fundadores da empresa.
A Weg começou como Eletromotores Jaraguá, em homenagem à cidade aonde foi criada, Jaraguá do Sul/SC. Cada um dos três sócios, descendentes de alemães, entrou com o capital referente a três fuscas, ainda no início dos anos 1960. Com o crescimento da economia nessa década e na seguinte, a empresa expandiu-se não só para o mercado brasileiro, mas para os países vizinhos. Hoje, a Weg, além de fábricas no país, tem unidades em países como China e México, com mais de 30 mil funcionários pelo mundo – 12 mil só no Brasil.
Hoje, a empresa também investe na produção de maquinário para geração de energia, no fornecimento de equipamentos para pequenas hidrelétricas, para energia eólica e solar.
O atual presidente da companhia, Harry Schmelzer, trabalha na empresa desde 1980, mantendo a tradição de formar seus próprios executivos, rechaçando modismos da Administração de Empresas. Normalmente, seus executivos fazem carreira na empresa antes de assumir postos na direção. Para competir em mercados externos, privilegia a inovação, investindo 2,5% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento.
Em tempos em que as empresas varejistas buscam chamar a atenção do público de forma espalhafatosa, seja por meio do histrionismo de Luciano Hang, mais conhecido nas redes sociais como o “Véio da Havan”, ou pelo ativismo identitário da proprietária da Magazine Luiza, cabe registrar a importância da Weg. Até mesmo porque é o desenvolvimento da indústria nacional que alavanca a produtividade e proporciona os melhores salários, demandando mão de obra qualificada.
Com informações do “Estado de São Paulo”
Excepcional a WEG que projeta e fabrica toda a linha elétrica de acionamentos (motores e inversores de potência), comando e automação com altíssima qualidade e sofisticação similares aos dos gigantes multinacionais deste segmento, um verdadeiro milagre num país que sistematicamente e historicamente aniquila qualquer iniciativa de desenvolvimento tecnológico e industrial, subordinando-se aos interesses estrangeiros e elites locais que não vão além do extrativismo primário predatório com lucros imediatos e desvinculados de qualquer reinvestimento na cadeia produtiva. WEG é a única empresa de grande porte brasileira e de ponta que sobrevive, as demais que haviam no setor metal mecânico, químico, farmacêutico, engenharia e obras de infra estrutura e defesa, além da PETROBRAS, foram destruídas pelo próprio estado brasileiro,que historicamente mutila o setor produtivo e mais recentemente com iniciativas como às da “lava a jato” e de Guedes, enfim, um país que pratica o suicídio econômico mediante a ação, vassalagem e corrupção de políticos como J. Serra por exemplo e conivência de outros de todas as matizes e partidos, o silêncio, omissão e alienação dos mais diversos setores e da própria população. Inclusive tenho a percepção que políticos e segmentos da esquerda, tão ciosos com as questões identitárias e de cunhos moralistas possuem um desdém ou indiferença pelas áreas vinculadas à indústria, engenharia e tecnologia, mais caras aos setores conservadores, uma contradição que poderia ser discutida numa live do “Conversa ao pé do Rádio” como sugestão. Caso não haja reversão urgente deste cenário através de uma política nacional – desenvolvementista – trabalhista, o Brasil corre o risco de desintegração física, transformando-se numa mera república das bananas como sempre sonharam os gringos e entreguistas.