O Fundo Black Rock foi fundado em 1988 e hoje é uma das principais empresas de gestão de ativos de Wall Street, junto com o Vanguart, Fidelity e State Street. Se durante a pandemia do Covid-19, com todas as medidas de isolamento social e quarentenas, observamos o maior movimento de concentração do poder econômico da História, com diversos negócios de pequeno porte fechando, a Black Rock teve um ano excepcional financeiramente em 2020. Controla, hoje, a quantia astronômica de 9 trilhões de dólares em ativos, obtendo uma receita líquida de 391 bilhões só em 2020.
Com a posse de Biden, a Black Rock substituiu o banco de investimentos Goldman Sachs – apelidado de “Government Sachs” – como o prinicipal fornecedor de membros do alto escalão do governo dos EUA. Três dos mais altos funcionários da Black Rock agora compõem os quadros de principais assessores econômicos de Joe Biden e Kamala Harris.
Mike Pyle, estrategista chefe de investimentos globais, foi nomeado economista-chefe de Kamala Harris. Wally Adeyemo, outro figurão do fundo, assume o cargo de vice-secretário do Tesouro, atrás da toda poderosa Janet Yellen, ex-presidente do FED, o banco central dos EUA. Brian Deese, que antes de assumir cargos na Black Rock, assessorou o ex-presidente Barack Obama, passa a ser o diretor do Conselho Econômico Nacional, diretamente vinculado a Biden.
Todos os três formaram-se na Escola de Direito de Yale e trabalharam para Obama e Hillary Clinton, no desenho do Acordo do Clima de Paris e no Acordo Transpacífico – ambos abandonados por Donald Trump. A agenda deles é o fomento a instituições transnacionais e apoio à “economia verde”.
O fato é que o CEO da Black Rock, Larry Fink, adotou a política na iminência do fim do Governo Obama, em 2016, de recrutar pessoas como os três citados, indivíduos bem situados na hierarquia do Partido Democrata, com vistas à possível volta dos democratas à presidência – o que, de fato, ocorreu.
Firmas como essa tem entre os seus principais ativos uma rede de computadores e big data que auxiliam na gestão de ativos de outras empresas e pessoas físicas, maximizando ganhos em opções de investimento. São também o que muitos consideram como rede de “bancos sombra” (shadow banking), já que prestam serviços financeiros sem passar pelas regulações governamentais às quais os bancos estão sujeitos.