Matéria do Brasil 247 aponta que a Black Rock, um dos maiores fundos de investimento do mundo (asset management, “gestão de ativos”, em inglês) não vai direcionar “investimentos” para o Brasil enquanto Jair Bolsonaro for presidente.
Segundo eles, as razões seriam o “negacionismo” do presidente brasileiro quanto às vacinas e má condução econômica do ministro Paulo Guedes.
Quanto ao segundo ponto, realmente não há dúvidas. O que poderia aflorar é um sentimento de mágoa do ministro, incansável no sentido de colocar os ativos públicos brasileiros, basicamente o patrimônio nacional na ciranda financeira dos especuladores de dentro e fora do país.
Contudo, nesse começo de 2022, as bravatas do ministro, tais como de que fundiria o Banco do Brasil com o Bank of America, já não convencem ninguém e só irritam os “grandes investidores”.
Já quanto ao primeiro ponto, talvez a Black Rock não faça justiça ao governo brasileiro, tendo em vista que os números da vacinação consolidados no país não estão atrás dos estadunidenses e europeus, ainda que a vacinação tenha começado mais tarde no Brasil do que no “Ocidente do Norte”. Até mesmo porque o marco legal não só da vacinação mas das medidas restritivas em função da pandemia é uma lei sancionada pelo presidente em fevereiro de 2020. Ainda que seus militantes de redes sociais insistam em ignorar esse fato.
Assim, a matéria do 247 deixa transparecer um tom de júbilo, como se todos estivessem com Lula, desde a esquerda militante como os “investidores conscientes”, desde que a agenda ESG (Enviroment Social Governance) ganhou preponderância em 2020, com os protestos do Black Lives Matter e a eleição de Joe Biden. A nova versão da “Carta aos Brasileiros”, a ser assinada até o final deste ano, talvez tenha esse item como prioridade.
Cabe a nós aqui lembrar os vínculos de grupos com a Black Rock com os chamados “fundos abutres” (vulture funds) para a base da militância que vê em Lula “a esperança que pode vencer” seja lá o que for. Os fundos abutres fizeram a festa comprando papéis da dívida externa argentina, assim como também ganharam com a desvalorização de papeis da Petrobras ocasionadas pelas ações da Lava Jato.
Voltando um pouco na História, a Petrobras se submeteu à jurisdição dos EUA quando passou a vender ações na Bolsa de Nova York, no final dos anos 1990. Quando estourou a Lava Jato, ações foram movidas lá contra a estatal brasileira, em que a presidência da Petrobrás assumiu as dívidas sem contestação (fato, no mínimo, curioso) e comprometeu-se a reembolsar esses “investidores”. Mais uma vez os fundos abutres estavam por trás.
Mas exemplos mais gritantes deste tipo de prática foi tendo a Argentina mais uma vez como vítima. Em 2014, época em que a Lava Jato foi instaurada, uma fragata da Marinha argentina foi apreendida em um porto de Acra, capital de Gana, por ordem judicial local, devido a uma ação de um fundo abutre.
Diante da moratória aos credores externos da dívida externa em 2001, o Governo Nestor Kirchner, alguns anos depois, iniciou um processo de renegociação no seu governo que foi amplamente aceito, a não ser uma pequena parcela dos credores, que venderam esses papeis para os fundos abutres. Dispostos a tudo, resolveram pedir o sequestro de bens do país no estrangeiro, no que foram atendidos pelas autoridades ganesas.
Trata-se da mesma doutrina defendida por Margareth Thatcher diante da crise da dívida dos anos 1980, que atingiu violentamente os países iberoamericanos. Mesmo que sejam veículos militares ou partes do território a serem expropriados. No caso Brasil, a ex-primeira ministra britânica sugeriu pedaços da Amazônia a serem internacionalizadas.
“O Mercador de Veneza” de Shakespeare perde.
Para todos esses operadores da “governança global”, sejam os de outrora, como os de agora, a soberania dos países é um problema. Principalmente dos da América do Sul.
Em outras palavras, o Brasil tá ferrado, se não romper com o sitema financeiro internaciona e buscar auto suficiencia militar, economica e etc… Seremos no futuro apenas uma historia onde um dia existiu im pais chamado Brasil, e serão o povo, apenas escravos de dividas e da sobrevivencia miseravel