
Na última segunda-feira (7/3), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com um grupo de trabalhadoras da aviação do país, a maioria das quais, aeromoças, para responder a perguntas sobre a operação militar especial em andamento na Ucrânia.
No encontro, Putin analisou desdobramentos políticos do Golpe de Estado na Ucrânia de 2014, deu detalhes sobre os ataques militares de Kiev à região do Donbass nos últimos oito anos, explicou a estratégia militar que vem sendo implementada em território ucraniano e ainda esclareceu boatos sobre o recrutamento de soldados não-profissionais para o teatro de operações.
Leia na íntegra, logo a seguir, as declarações dadas por Putin em tradução exclusiva do Jornal Puro Sangue para o português, e veja, ao fim, o vídeo da reunião com legendas em inglês (só clicar em CC).
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AEROMOÇA: Minha pergunta se refere à situação atual na Ucrânia. Todos nós apoiamos suas ações e a operação especial que está ocorrendo lá. Naturalmente, a pergunta mais importante que todos nós fizemos a nós mesmos, de uma forma ou de outra, é o porquê dessa operação ter começado. Ela não poderia ter sido evitada? Racionalmente, nós entendemos e apoiamos suas ações, mas como mulheres, não podemos deixar de nos preocupar: pelas nossas famílias, parentes, por aqueles que estão na Ucrânia. Nós sabemos que os civis não estão sendo atingidos. Mas, de qualquer forma, diga-nos, tranquilize-nos: o que devemos esperar ao final dessa estrada? Qual será o resultado final da operação militar na Ucrânia?
VLADIMIR PUTIN: Eu serei breve mas, como se diz, temos que “começar do começo”. Eu falei sobre isso no início da operação e também falei sobre antes dessa decisão ser tomada – uma decisão difícil, sem dúvidas.
Do que se trata? O que importa é que após o golpe de Estado inconstitucional na Ucrânia, o qual, infelizmente, foi fortemente apoiado pelos países ocidentais. Sejamos honestos, esses países sequer escondem o fato de que gastaram US$5 bilhões nesse golpe, sem mencionar a ajuda que deram na praça Maidan, entre outras coisas. E depois disso, mesmo com a situação tendo saído do controle, eles ainda poderiam, e deveriam, ter levado-a de volta aos trilhos pelo caminho político.
Ademais, logo após o golpe, os ministros do exterior dos três países foram a Kiev em 2014 e assinaram um acordo com o governo ucraniano atuando como garantidores para assegurar que a situação iria se desenvolver na esfera política. Mas nada disso aconteceu. Eles organizaram um golpe de Estado e apoiaram seus executores. Seguiram-se a isso os bem conhecidos eventos relacionados à Crimeia e ao sudeste da Ucrânia, na região de Donbass, onde pessoas se recusaram a apoiar o golpe. Como sabemos, a Crimeia tomou uma decisão: as pessoas foram votar no referendo para que a Crimeia voltasse a pertencer à Federação Russa. Naturalmente, sim, naturalmente, nós não poderíamos deixar de apoiar a decisão, ainda mais que o povo de lá sentiu que estava em perigo com os nacionalistas e neonazistas. Há fortes evidências de que eles estavam absolutamente corretos sobre isso.
Posteriormente, ou melhor, em paralelo a isso, havia os eventos na região de Donbass. A que esses eventos levaram? As pessoas que resistiram aos desdobramentos do golpe foram perseguidas. As novas autoridades de Kiev iniciaram uma operação militar no território. Elas conduziram duas operações punitivas de larga escala usando armas pesadas e aviação de combate. Atacaram Donetsk diretamente, destruindo as praças da cidade com a aviação, utilizando tanques de guerra e artilharia. Essas operações militares falharam. O exército ucraniano foi derrotado. Depois disso, os então chamados Acordos de Minsk – ou, Pacotes de Medidas, para utilizar uma nomenclatura oficial – foram concluídos. Os acordos ofereceram um caminho pacífico para a resolução dos conflitos.
Nós fizemos tudo o que podíamos para direcionar os eventos de forma a tomarem esse caminho pacífico e para restaurar a integridade territorial da Ucrânia, assim como para proteger os interesses das pessoas que vivem nesses territórios. O que essas pessoas queriam? Nada além do básico: o direito de falar sua língua nativa, isto é, o russo, e de manter as suas tradições e sua cultura. Essas não são, de forma alguma, exigências exageradas. Mas não. Esses territórios sofreram sanções econômicas; foram desconectados do sistema bancário; o abastecimento de comida parou; os pagamentos de pensões e auxílios sociais foram suspensos. Em algumas ocasiões, alguns benefícios eram concedidos, mas para consegui-los era necessário sair do território do Donbass.
Agora ouçam. Direi algo que pode soar rude, mas a situação me obriga a dizê-lo. Vocês sabem que, ocasionalmente, em algumas regiões, matilhas de cachorros furiosos atacam pessoas, as machucam ou até mesmo as matam (esse é um problema diferente, e cabe às autoridades locais lidar com ele). Então esses animais são envenenados ou mortos a tiros. Mas as pessoas da região do Donbass não são cachorros raivosos. Foram mortas aproximadamente entre 13 e 14 mil pessoas durante todos esses anos. Mais de 500 crianças foram mortas ou machucadas. Mas o que é particularmente intolerável é que os ditos “civilizados” do Ocidente preferiram todos esses anos olhar para o outro lado. Todos esses anos oito anos! Oito anos!
Além disso, posteriormente, as autoridades de Kiev começaram a dizer aberta e publicamente que não iriam cumprir os acordos de Minsk. Isso foi dito tanto online quanto nas telas de TV. Eles estão dizendo em todos os lugares: “Nós não gostamos deles; não cumpriremos os acordos”. E, em todo esse tempo, a Rússia foi acusada de não cumprir os acordos. Isso simplesmente não faz sentido. É o teatro do absurdo: o preto é chamado de branco e o branco de preto. Na sequência, as coisas ficaram piores. Na verdade, as conversações começaram há muito tempo, mas se intensificaram tardiamente. Ouvimos cada vez mais que a Ucrânia seria admitida na OTAN. Vocês entendem ao que isso poderia levar? Ou ainda pode levar?
Se a Ucrânia for um membro da OTAN, então, de acordo com o Tratado do Atlântico Norte, todos os outros membros devem apoiar o país no caso de um conflito militar. Ninguém além de nós reconheceu a Crimeia como território russo. Eles estão conduzindo operações militares no Donbass, mas também poderiam se mover para a Crimeia, caso em que teríamos que lutar contra toda a OTAN. O que isso significa? Vocês entendem as consequências? Eu acho que todos entendem.
Agora a Ucrânia fala sobre adquirir status nuclear, isto é, desenvolver armas nucleares. Nós não podemos ignorar essas coisas, particularmente considerando que sabemos como o chamado Ocidente se comporta com relação à Rússia. Primeiramente, a Ucrânia ainda detém alguma competência nuclear herdada da época da União Soviética. No que diz respeito ao enriquecimento e aos materiais nucleares, eles seriam capazes de desenvolver esse trabalho. Eles têm hábeis mísseis: é suficiente mencionar o Yuzmush. Essa empresa costumava construir equipamento para mísseis balísticos intercontinentais para a União Soviética. Eles podem recuperar essa habilidade e fazer isso. E aqueles do outro lado do oceano os ajudariam a fazê-lo. E depois, diriam: “Bem, nós não reconhecemos seu status nuclear; eles fizeram tudo sozinhos”. E então eles tomariam o controle desses complexos, e, deste momento em diante, o destino da Rússia seria completamente diferente. Porque nesse caso, nossos adversários estratégicos não precisariam nem mesmo possuir mísseis balísticos intercontinentais. Eles nos manteriam bem aqui, na mira das armas nucleares, e isso seria tudo. Como poderíamos desconsiderar uma coisa dessas? Essas são ameaças absolutamente reais, não são uma fantasia tola e exagerada.
Nossos meninos, que estão agora lutando e arriscando suas vidas, estão fazendo isso pelo nosso futuro, pelo futuro de nossas crianças. Isso é algo perfeitamente óbvio. E as pessoas que não querem entender, principalmente aquelas entre os líderes atuais da Ucrânia, devem compreender que se continuarem fazendo o que estão fazendo – eu falei isso anteriormente – estarão pondo em risco o futuro da própria existência do estado ucraniano. Se isso acontecer, a culpa será inteiramente deles.
O que está acontecendo agora? Eu já mencionei nossos objetivos nessa operação. Primeiro, é claro, é proteger as pessoas vivendo no Donbass. Como? Desmilitarizando e desnazificando a Ucrânia, assim como estabelecendo a ela um status neutro. Por que? Porque a neutralidade significa que a Ucrânia não ingressará na OTAN. Eles escreveram na Constituição que o país seria membro da OTAN. Vocês entendem – eles incluíram isso na Constituição!
Desnazificação – o que isso significa? Eu conversei com meus colegas ocidentais sobre isso, e eles disseram: “Qual o problema? Vocês também têm nacionalistas radicais”. Sim, nós temos. Mas nós não os temos no governo, enquanto todos concordam que eles (os ucranianos) têm. Talvez nós tenhamos alguns idiotas correndo por aí com a suástica, mas nós apoiamos isso a um nível governamental? Milhares de pessoas marcham com tochas e suásticas nas ruas de nossa capital ou de outras cidades na Rússia como aconteceu na Alemanha nazista em 1930? Algo assim está acontecendo na Rússia? Mas isso acontece na Ucrânia e é apoiado. Nós apoiamos aqueles que mataram russos, judeus, ou poloneses na guerra? Nós os saudamos como heróis? Mas, na Ucrânia, eles o fazem.
Os eventos atuais também são muito importantes. Veja, cidadãos estrangeiros foram feitos reféns em Sumy e na Carcóvia – mais de seis mil jovens estudantes. Eles foram levados a uma estação ferroviária e ficaram lá por três dias. Ouçam, eles foram mantidos lá. Pelo terceiro dia, nós falamos a todos sobre isso e informamos as atuais autoridades ucranianas. Elas disseram: “Sim, sim, claro, vamos lidar com isso agora mesmo”. Informamos os líderes dos principais países europeus. Eu falei com eles pessoalmente. “Sim, sim, nós vamos pressionar a Ucrânia agora mesmo”. Nós informamos o secretário-geral da ONU: “Sim, sim, vamos resolver o problema brevemente”. Ninguém está fazendo nada.
As pessoas consideradas cidadãs ucranianas estão sendo tratadas de forma ainda pior: estão sendo usadas como escudo humano. Agora, neste exato momento, isso está acontecendo em Mariupol. O governo de Kiev disse a nossos militares: “providenciem corredores humanitários para que as pessoas possam deixar a cidade”. Naturalmente nosso pessoal respondeu, e até mesmo suspendeu as atividades militares ao ver o que estava acontecendo, mas ninguém pôde deixar a cidade. Entendam, a ninguém foi permitido sair. Eles não deixaram ninguém sair, e, ao invés disso, usaram as pessoas como escudos humanos. Quem são eles? Os neonazistas, é claro.
Nós já observamos a presença de militantes do Oriente Médio e de alguns países europeus. Nós sabemos sobre eles, podemos ouvi-los falar no rádio. Eles estão utilizando os chamados “automóveis jihad”, ou seja, carros repletos de explosivos, conduzindo-os em direção às tropas russas. Entretanto, eles não estão conseguindo fazer nada e falharão no final. Quem são eles senão os neonazistas? Por tais ações, eles estão destruindo seu próprio país e seu próprio Estado.
É por isso que uma das nossas principais exigências é a desmilitarização. Em outras palavras, estamos ajudando o povo do Donbass trabalhando na direção de atribuir à Ucrânia um status de neutralidade e desmilitarizando o país. Nós temos que saber precisamente quais as armas que ali estão, onde elas foram desenvolvidas e quem as controla. Há várias opções sobre a mesa. Estamos as discutindo agora, inclusive com representantes do governo de Kiev em nossas conversas na Bielorrússia. Somos gratos ao presidente Lukashenko por organizar as reuniões e nos ajudar a conduzir as negociações. Nossas propostas estão sobre a mesa para o grupo de negociadores de Kiev estudá-las. Espero que Kiev responda de forma positiva às nossas propostas. Isso é basicamente tudo que eu gostaria de dizer.
YULIA SCHVIDKO, COPILO DA AEROFLOT: Vladimir Vladimirovich, boa tarde. Minha pergunta é sobre o seguinte: circulam vários rumores sobre a possível introdução de lei marcial, recrutamento de voluntários e reservistas, e que esses recrutados serão enviados à Ucrânia. O senhor poderia esclarecer se será decretada lei marcial e se os soldados recrutados serão alocados para a Ucrânia?
VLADIMIR PUTIN: Muito do que estamos vendo que está acontecendo até agora é, sem dúvidas, uma forma de lutar contra a Rússia. A propósito, as sanções impostas hoje estão próximas a uma declaração de guerra. Felizmente ainda não é o caso. Acredito que os nossos chamados “parceiros” conservem um certo entendimento do que significaria uma guerra e quais os perigos ela representaria para todos. Isso apesar das declarações irresponsáveis feitas pela ministra britânica das Relações Exteriores, quando ela, de forma intempestiva, disse que a OTAN poderia se envolver no conflito.
Agora, sobre sua pergunta: a lei marcial é introduzida por ordem do presidente e apoiada pelo Conselho da Federação em caso de agressão externa, especificamente nas regiões onde as atividades militares ocorrem. Não estamos nessa situação agora e espero que não chegaremos a ela. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que há também, adicionalmente à lei marcial, um estado de governo especial: esse estado é também declarado pelo Conselho da Federação em caso de ameaça interna significativa. O terceiro estado é o de emergência, que geralmente é declarado em determinadas regiões, embora possa ser adotado em todo o território nacional. Esse regime é para desastres tecnológicos e naturais. Graças a Deus, isso também não está acontecendo. Nós não planejamos declarar nenhum desses regimes no território da Federação Russa. Não há necessidade disso hoje.
Podemos ver que estão sendo feitas tentativas de convulsionar nossa sociedade, o que é novamente uma confirmação das minhas palavras, de que estamos lidando não somente com os radicais, mas com os neonazistas também. Aqui, as pessoas estão expressando suas opiniões sobre o que gostam ou desgostam com relação à nossa ação na Ucrânia. Mas lá, na Ucrânia, as pessoas que expressam opiniões similares aos que os “liberais” costumam dizer aqui na Rússia estão sendo detidas e alvejadas nas ruas – nós temos confirmação disso. Nossos serviços especiais estão adquirindo essas informações e vamos apresentá-las em breve. Nossos intelectuais liberais estão protestando, enquanto na Ucrânia as pessoas que dizem qualquer coisa a favor da Rússia estão sendo executadas sem julgamento.
Eu repito, a lei marcial é declarada em caso de agressão externa, o que eu espero que não aconteça, apesar das declarações irresponsáveis de alguns oficiais. Ouvimos que deve ser estabelecida sobre o território ucraniano uma zona de exclusão do espaço aéreo. Isso é impossível de se fazer nesse território; só é possível organizar isso pelos territórios dos países vizinhos. Entretanto, consideraremos qualquer movimento nessa direção como participação ativa no conflito militar pelo país cujo território seja utilizado para ameaçar nossos militares. Nós iremos no mesmo segundo considerá-los parte do conflito militar. Eu espero que, tendo isso sido também entendido, não cheguemos a tal ponto.
Somente profissionais estão participando desta operação, oficiais e militares de carreira. Nenhum soldado recruta está participando, e nós não planejamos mandá-los para a Ucrânia, e não iremos. Eu repito: somente homens que responsável e voluntariamente tomaram a decisão em suas vidas de defender seu país é que estão na Ucrânia, e eles estão cumprindo seu dever com honra. O porquê de esse ser o caso, e o porquê de termos o direito de dizer estas palavras eu acabei de explicar. Isto também se aplica ao pessoal da reserva atualmente realizando treinamento militar periódico – não planejamos os enviar à Ucrânia. Eles são convocados para o treinamento militar regularmente, isso acontece agora e acontecerá no futuro, mas nós não vamos alistá-los para o serviço militar ativo, e eles não participarão deste conflito. Temos recursos suficientes para atingir nossos objetivos empregando somente nosso exército profissional.
Eu gostaria de comentar sobre a operação militar em si. Sei que circulam muitos rumores e muitas histórias. Não tenho muito tempo para ficar a par disso, mas fui informado de que as pessoas estão falando bastante sobre o que está acontecendo e sobre como a operação vem se desenvolvendo. Todos os analistas sabem o que está ocorrendo, então não revelarei aqui nenhum segredo. Nós poderíamos ter agido de diversas formas. Poderíamos ter ajudado as repúblicas de Donbass diretamente na fronteira, ou seja, na frente de batalha, com o exército russo os apoiando. Nesse caso, todavia, considerando o apoio incondicional do Ocidente aos nacionalistas radicais, o lado ucraniano teria recebido constantemente apoio de armas, de materiais, munições e tudo mais.
É por isso que nossa equipe de generais e o ministro da Defesa decidiram ir por uma estratégia diferente. O primeiro a ser feito foi eliminar a infraestrutura militar. Não inteira, mas grande parte. Os depósitos de armas, de munição, de aviação e os sistemas de defesa antiaérea. A destruição dos sistemas de defesa antiaérea leva um certo tempo. Vocês são civis, mas trabalham na aviação. Entendem que esses sistemas devem ser descobertos e então destruídos; a esta altura esse trabalho está amplamente feito. Isso é o que leva à demanda de uma zona de exclusão aérea. Contudo, uma tentativa de levar isso a cabo poderia levar a enormes e catastróficas consequências não somente para a Europa mas também para o mundo inteiro. Acredito que as pessoas do outro lado entendam isso. É por isso que, corretamente, nós bloqueamos esse caminho. Nossos militares estão trabalhando responsavelmente para fazer tudo o possível para proteger os civis. Infelizmente, aqueles bandidos neonazistas não têm a mesma consideração pelas pessoas. Eles atiraram até mesmo em seus próprios homens que não quiseram continuar lutando – temos evidências disso. Sim, aqueles nacionalistas, neonazistas atiraram em seus próprios homens. Os nacionalistas estão incorporados em praticamente toda unidade militar ucraniana, algumas dezenas deles em cada, e agem de forma cruel.
Repito mais uma vez: nós não empregaremos recrutas ou reservistas na Ucrânia para participar desta operação militar. Estou convencido de que o nosso exército atingirá todos os nossos objetivos. Não duvido disso nem por um segundo. Isso é evidente pela forma com que a operação vem avançando, estritamente de acordo com o plano, com o planejado. Tudo está ocorrendo da forma que foi planejado pela equipe de generais. Em relação aos voluntários, jovens que vêm às unidades de recrutamento – nós somos gratos a eles por seus sentimentos patrióticos, seu desejo de apoiar seu país e seu exército neste momento. O próprio fato de virem é significante, entretanto, sua ajuda não é necessária nesse momento.