Por Rubem Gonzalez
Não, não sou eleitor do Daniel Silveira e muito menos tenho simpatia por ele ou por seus métodos, se dependesse de mim ele nunca seria eleito síndico de um condomínio de 10 casas.
Ocorre que o mundo e o país em que nós vivemos não é nosso vassalo, o conjunto de leis que regem um país são feitas para abranger todos os segmentos da população e pelo menos em tese salvaguardar o amplo direito de defesa a todos.
Acontece que os agrupamentos políticos no Brasil, com um destaque extremamente negativo para esse amontoado de gente de caráter duvidoso que se autoproclamou dona da esquerda, pensa exatamente de outro modo.
O mais engraçado é que a essência, a desonestidade e a truculência dessa esquerda são exatamente as mesmas que eles denunciam na figura do Daniel Silveira, o respeito à lei e às instituições só se faz presente quando há um claro benefício envolvido.
A esquerda fala em Estado de direito, mas é a mesma que há dois anos criticava abertamente o Judiciário por ter colocado o Lula em cana, por ter sido condenado em segunda instância, naquela época em que ser condenado em segunda instância não era crime.
Poderia discorrer horas sobre o tema, mas o banner abaixo sintetiza exatamente muito bem quem é o Judiciário brasileiro, a quem ele representa e a essência da alma de quem se envolve em política no Brasil, seja de esquerda ou de direita.
São todos oportunistas, não respeitam a lei, não admitem o seu emprego, porém se a mesma for utilizada de forma discricionária e arbitrária a seu favor, automaticamente ela passa a ser algo magnífico a ser exaltado.
Até o final do dia provavelmente Randolfe Rodrigues, o senador eleito sem votos pelo governo da França no Amapá, e que despacha diretamente do STF ou mora lá dentro, ainda não consegui precisar qual dos dois casos ele se enquadra, fará o seu célebre carnaval e sua micareta semanal de ações nesse suspeito e indigno tribunal.