
Por Idelmino Ramos Neto.
Em Março um dos líderes da comunidade Esu, em Camarões, foi assassinado – jovens ligados à etnia Mbororo, um grupo pastoralista e seminômade da região, são suspeitos pela realização do ataque.
Um mês depois combatentes separatistas atacaram membros da tribo. A investida resultou em algumas dezenas de casas e comércios locais sendo incendiados e em mais uma onda de mortes com requintes de crueldade. Uma milícia secessionista local tomou para si a responsabilidade.
O governo camaronês enviou tropas para a região para conter a querela, sendo esta já altamente militarizada em razão de problemas pregressos envolvendo grupos tribais diversos. As tensões citadas já duram mais de um século, todavia não se ouve ou lê uma vírgula sequer a respeito do assunto na mídia convencional.
Os embates começaram através de passeatas pacíficas, por parte da população anglófona, requisitando maior autonomia e direitos conexos à sua identidade. Contudo, em pouco tempo evoluíram para combates e batalhas cada vez mais sanguinolentas.
Porém, o que impressiona é o silêncio colossal da imprensa mainstream a respeito das tensões no país. A impressão que fica é a de que as vidas camaronesas não valem nada, tendo em vista que não estão alinhadas aos interesses econômicos vindouros do eixo composto pela União Europeia e os Estados Unidos da América.
Idelmino Ramos Neto, bacharel em Ciência Política, licenciado em Filosofia.
já vivemos uma ditadura onde o judiciário e a imprensa impõem suas pautas lideradas pelas grandes potencias triste ver um pais passar por isso penso que os próximos somos nós somente retomada de um governo nacionalista para dar jeito no pais