1 thought on “A justa memória da Lei Áurea

  1. Texto tirado do supergrupo Rubem Gonzalez

    “Eu vejo toda essa ênfase sobre o fim da escravidão, as marcas da escravidão, a escravidão isso e aquilo, algo ilegal no Brasil hoje em dia, como uma forma de dizer aos trabalhadores “viu…vocês não são escravos! parem de reclamar! vocês são livres para fazerem o que quiser com o corpo de vocês!”, o que é uma falácia. A vida do trabalhador pobre é um lixo.
    Além disso, a vida do trabalhador assalariado só melhorou depois das leis trabalhistas.
    Um operário europeu no século XIX tinha uma expectativa de vida menor do que a de um escravo nos EUA.
    Trabalhador livre na europa e no Brasil também era chicoteado, torturado, tinha partes do corpo cortadas como punição, era marcado a ferros.
    Na Inglaterra, se um trabalhador fosse condenado por vagabundagem, era torturado, tinha a orelha cortada, chicoteado e marcado com ferro em brasa no rosto.
    Na época não havia prisão como hoje. Até o século XIX a punição do rico era pagar multas e a do pobre eram tortura, chicoteamento, partes do corpo decepadas e morte.
    Ser pobre era, é e sempre vai ser uma bosta.
    A única coisa que garantia alguma dignidade eram os direitos trabalhistas.
    Agora a gente tem “direitos humanos” do tipo mudar de sexo, mas quase nenhuma proteção no trabalho (quem tem trabalho).
    Só em novela da Globo o vaqueiro livre era feliz e sorridente.
    Se fizesse merda, era colocado no pelourinho também. Era morto. Era torturado.”

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