Logo após as eleições brasileiras deste ano, a Câmara de Comércio Brasil – EUA promoverá a “Brazil Conference” em Nova York. Agendada para os dias 14 e 15 de novembro, o evento coincidirá com o feriado da Proclamação da República.
No dia 14, o tema será “O Brasil e o respeito à liberdade e à democracia”, com a participação de nada menos do que quatro ministros do STF: Luiz Fux, Alexandre de Moraes (que também acumula o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Já no dia 15, a conferência versará sobre “A Economia do Brasil com o novo governo”, por Henrique Meirelles, Joaquim Levy, Pérsio Arida e Rubens Ometto. Arida, ex-ministro de FHC, é o economista mais próximo de Geraldo Alckmin, encarregado de montar o plano econômico do possível novo governo Lula. Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Roussef e Meirelles, já compôs os governos Lula, Temer e Dória, como secretário de Fazenda.
As conferências terão como mediador Merval Pereira, um dos editores de “O Globo” e homem de confiança da Família Marinho.
O fato é que a conferência, organizada pela LIDE, está sendo divulgada, com alguns meses de antecedência, em concomitância com a interferência indevida de políticos do Partido Democrata estadunidense e de seu presidente Joe Biden quanto à realização das eleições de outubro. Políticos desta agremiação protocolaram um projeto de lei, no Congresso dos EUA, de monitoramento da atuação das Forças Armadas brasileiras nas eleições.
Há poucos meses, Biden enviou a número dois da Secretaria de Estado, Victoria Nuland, para avisar extraoficialmente que o sistema eleitoral brasileiro, tal como ele existe hoje, com as atuais urnas eletrônicas é “perfeitamente seguro e confiável”.
Enquanto isso, no cenário global, verifica-se que mais um dos eixos da política externa dos EUA, emanada para a OTAN, só continua a fazer água, como as sanções à Rússia, devido aos efeitos na Europa e nos EUA. Fato admitido por Bolsonaro, que ainda aproveitou a deixa para citar os russos como apoiadores da soberania brasileira sobre a Amazônia.
Enfim, para o leitor, qualquer que seja a orientação ideológica ou preferência eleitoral para outubro, tentem pensar em qualquer outro país dos BRICS que envie membros da alta cúpula do Judiciário a palestrarem em Nova York logo depois de um processo eleitoral. Ainda mais levando junto tecnocratas, que percorrem a porta giratória entre a fazenda pública e os grandes bancos, associados ao petismo e ao PSDB, quando não aos dois, no contexto da recém formada aliança Lula-Alckmin. Já os vínculos entre os tucanos e os democratas estadunidenses vem desde os tempos da criação do Diálogo Interamericano, sob a chancela do já nonagenário FHC.
Talvez mesmo todos se sintam mais na capital financeira do mundo do que em Brasília.
O link para a conferência: https://brazilcham.com/event/lide-brazil-conference/
Uma vergonha!!!! Subserviência explicita ou apenas os ajustes da “Pré-Venda” ou melhor, a ratificação do “Compromisso de Entrega”? Pais pobre de homens de real “Espirito Público” mas eivado de hienas nas altas esferas Publicas, que vivem do e com dinheiro público e pelo dinheiro público.
Mas como caixão nao tem gaveta, eles certamente encontrarão a verdadeira justiça do outro lado da vida!!!