
O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, reuniu-se, nesta sexta-feira (10/10), com Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, no Rio de Janeiro. Crédito: Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil
Por Raphael Machado.
A “Frente Ampla contra o Fascismo” de Lula, para “salvar a democracia” está cada vez maior. A nova adição à campanha é Armínio Fraga. Fraga foi presidente do Banco Central durante o governo FHC, o mais privatista de nossa história e que nos submeteu ao Consenso de Washington.
Fraga também é membro do Grupo dos Trinta (o conselho do JP Morgan), do Conselho de Relações Exteriores, do Banco Mundial e do Diálogo Interamericano. No início dos anos 90 era também diretor do Soros Fund Management.
Em seu cargo, o Brasil chegou a juros de 45%, inflação de 12% e pediu empréstimo ao FMI duas vezes. Desde então, ele elogiou todas as reformas antipopulares de teor neoliberal. Apoiou a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, o Teto de Gastos e as privatizações.
Se fosse um caso isolado, meramente individual, até poderíamos descontar. Mas ele não é o único grande personagem do neoliberalismo brasileiro a apoiar Lula. Temos também Henrique Meirelles, André Esteves e vários outros.
O que todo mundo está cansado de saber é que essas alianças e apoios não são gratuitos. Banqueiros não são otários como as lideranças do PDT.
A aliança de Lula em 2022 é muito mais ampla e heterogênea do que em 2002. Em um governo, caso vença, ele terá pouca margem de manobra e será refém da pior casta de parasitas financeiros, vinculados a George Soros e outros grandes investidores internacionais.