Por Raphael Machado
Globalismo e Imperialismo não são sinônimos e um conceito não substitui o outro.
Os dois, na verdade, significam fases distintas no desenvolvimento do liberalismo e de sua expressão econômica, o capitalismo.
O imperialismo, visto de forma política e econômica, é a fase na qual o Estado-nação capitalista-monopolista tenta assumir o controle de entidades políticas menos desenvolvidas com o objetivo de ampliar o mercado para seus bens, facilitar o acesso a matérias-primas e recursos mais baratos e, fundamentalmente, exportar capital excedente.
Quando essa tentativa de apropriação é resistida ou disputada, ocorre uma guerra imperialista, ou o imperialismo promove um golpe de Estado.
Nem toda expansão territorial é “imperialismo”. Não existe imperialismo desatrelado do capitalismo. Imperialismo não é nem mesmo um designativo das ações de Estados Imperiais. Lênin, por exemplo, rechaçou a ideia de que o Império Russo fosse imperialista, já que nele não havia capitalismo desenvolvido no estágio monopolista.
Os termos de definição do imperialismo já apontam os motivos pelos quais o conceito não é plenamente atual, apesar de não poder ser descartado. Porque o imperialismo está atrelado ao Estado-nação, é o capital que cresce até alcançar status monopolista dentro de sua nação e precisa, por isso, se expandir, exportar a si mesmo para países menos desenvolvidos, com suporte militar se necessário.
O globalismo aponta para uma fase na qual os Estados-nações deixam de protagonizar a história mundial. O capital monopolista se torna transnacional, desvinculando-se de seus países de origem. Emergem megacorporações que não monopolizam um único setor, mas ramos inteiros da economia. Megacorporações que possuem seus próprios braços informacionais e de entretenimento, que possuem exércitos privados, com subsidiárias que controlam interesses na energia, na indústria alimentícia e na farmacêutica.
Essas megacorporações são, não raro, mais poderosas do que inúmeras nações de pequeno ou médio porte juntas. O Estado-nação, nesse estágio de sua acumulação, costuma ser mais um estorvo do que um parceiro. O Capital anônimo, difuso e transnacionalizado, ainda lança mão dos aparatos militares, diplomáticos e de inteligência dos Estados-nações, mas vai minando suas forças aos poucos.
Essas megacorporações, em substituição aos Estados-nações, vão se atrelando e fortalecendo instituições globais, como a ONU, OMS, Unesco, Banco Mundial, bem como se vinculando a fóruns como o de Davos, o Bilderberg e outros.
A esse processo, quando o Capital se torna tão poderoso que começa a prescindir do Estado-nação, se dá o nome de globalismo. Globalismo é a superação capitalista do imperialismo.
Uma mentalidade imperialista clássica ainda pode ser vista na maioria dos países do Primeiro Mundo, precisamente naquelas forças políticas defensoras de um nacional-capitalismo clássico, mas essas forças não constituem a vanguarda dos Senhores do Mundo e, portanto, são menos subversivas do que a ala mais radical e vanguardista do capitalismo global.
O Golpe e o “Golpe”.
O pessoal no Brasil está realmente fabricando uma ameaça de Golpe de Estado apenas para aplicar Golpes Financeiros. [O General Botelho Pinto já está indo fechar o STF, compre seus bitcoins agora, antes que seja tarde]. [O Bitcoin vai se levantar de novo, chega num milhão daqui a um ano, compre agora, antes que comece a subir].
O pior é que além do clima de medo constante eles ainda criam essas ameaças eventuais para gerar um senso de urgência.
Acabei de ouvir um “especialista em investimentos” dizer que o “único investimento seguro nesse momento” é em criptomoedas. [“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”].
Acho que todo mundo lembra que esse monte de “especialistas” surgiu no Brasil justamente durante a crise econômica (provocada pelos golpistas da Lava Jato), tiveram o auge deles durante o golpe de 2016 e o começo do governo do Bozo (antes da pandemia) e agora tentam continuar na ativa vendendo o “fim do mundo”. Todo dia um fim do mundo diferente.
A economia não estava melhorando, apenas tinha estabilizado (fundo do poço). Os vermes liberais queriam mesmo destruir o país já que propositalmente não fizeram nada (alegando que o estado malvadão só atrapalha e a milagrosa iniciativa privada resolveria tudo).
O pior é que o que eu estou dizendo tem relação direta com o texto. Os anarcobobos acham que comprando Bitcoin vão destruir os estados nacionais e implantar o neofeudalismo (o sonho deles é viver nos “reinos” da Nova Ordem Mundial como escravos dos “príncipes e barões” da NOM, os Rockefeller, Rockshield e etc…).
Alguns brasileiros foram recrutados para trabalhar com criptomoedas na Tailândia e terminaram escravizados em Mianmar. Felizmente o governo de Mianmar colaborou ativamente com as autoridade e eles já foram liberados.
O pior é que teve gente que vendeu até a casa para comprar tulipas, digo criptomoedas….
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