
A balança comercial brasileira registrou o recorde de superávit em março de 2023, atingindo 11 bilhões de dólares, segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
No acumulado deste ano, de janeiro a março, o superávit chegou a 16 bilhões de dólares, um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
Tal crescimento ocorre pelo volume de exportações e pelo comércio com a China, com quem o Brasil vem obtendo significativos superávits comerciais. Com base nesses dados, o analista de mercado Robin Brooks elaborou dois gráficos que corroboram essas informações, demonstrando que há um boom do setor agrícola brasileiro, que prospera com as exportações para o gigante asiático.


No ano passado, o Brasil exportou 60,7 bilhões de dólares para a China, obtendo um superávit de 28,7 bilhões. No mesmo ano, o volume de comércio com a China chegou a um valor acima do registrado com os EUA e a União Europeia.
A despeito desses dados, que mostram que o Brasil é uma superpotência agrícola, rica em minérios e na exploração do petróleo, ainda mantém as taxas de juros mais altas do mundo – um aparente contrassenso.
Ao mesmo tempo, a posição do Brasil como grande exportador nesses setores incomoda e preocupam outros países, tendo em vista que o Brasil possui um setor agrário quase tão grande quanto dos EUA e maior do que da União Europeia, e com potencial de crescimento, tendo em vista o desenvolvimento de novas culturas para exportação. O trigo tropical, desenvolvido pela Embrapa, é uma delas.
Não por acaso, os lobbies ambientalistas estão tão atuantes no país, sob vista grossa das nossas autoridades.